Açoriano Oriental
Tráfego áereo dos Açores com infraestruturas desadequadas do fluxo

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) manifestou preocupação pelo facto de as infraestruturas aeroportuárias “não estarem adequadas” ao fluxo do tráfego aéreo existente nos Açores

Tráfego áereo dos Açores com infraestruturas desadequadas do fluxo

Autor: Lusa/AO Online

João Pacheco, dirigente do SITAVA, disse à agência Lusa, após uma reunião com o Governo dos Açores, que há “preocupações relacionados com a dotação dos trabalhadores, quer de terra, quer ar, em número não suficiente para o incremento operacional da empresa”.

Sindicatos representativos dos trabalhadores do grupo SATA reuniram na segunda-feira, em Ponta Delgada, com o secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, e com a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, que tutelam a operadora açoriana.

A 29 de agosto, a comissão de trabalhadores e os sindicatos representativos da companhia aérea SATA Air Açores pediram uma reunião com “caráter urgente” ao Governo Regional para clarificar “decisões estratégicas” que afetam a operação e a sustentabilidade da empresa.

À Lusa, o sindicalista manifestou também preocupações com a “degradação das próprias aeronaves e uma sobrecarga existente sobre os trabalhadores responsáveis pela manutenção das mesmas”, sendo que a SATA “já iniciou até um processo de formação de novos quadros”, que “só poderão contribuir para a estrutura daqui a muitos meses ou até anos”.

“Manifestamos também grande preocupação com o facto de estar iminente a privatização do ‘handling’ que, de acordo com a tutela, irá iniciar-se no decorrer do atual mês”, face ao “impacto que isso poderá ter no grupo”, afirmou João Pacheco.

O sindicalista reiterou a sua oposição à privatização da Azores Airlines, devido ao “impacto que isso poderá ter para a região e para o grupo SATA”, resultado do “passivo existente, fruto daquilo que foi feito nos últimos anos".

O responsável do SITAVA adiantou que existem também preocupações pelo facto de a SATA ter “novamente contraído um empréstimo na banca”.

No ano passado, a SATA Internacional - Azores Airlines (que opera de e para fora do arquipélago) registou um resultado líquido negativo de 71,2 milhões de euros, o que compara com um prejuízo de 26,08 milhões de euros em 2023.

Já a SATA Air Açores (responsável pelas ligações interilhas), reportou um resultado líquido negativo de 11,6 milhões de euros em 2024, contra 9,97 milhões de prejuízo no ano anterior.

O prejuízo acumulado das duas companhias somou 82,8 milhões de euros no ano passado, mais do dobro dos 36 milhões reportados em 2023.

A privatização da Azores Airlines está a ser negociada com o consórcio Newtour/MS Aviation.


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