Autor: Lusa/AO Online
“Infelizmente, após a instalação das bicicletas, começámos a ter, de imediato, problemas com as baterias. Contactada a empresa fornecedora, a mesma predispôs-se a substituir algumas baterias. Veio cá, fez uma reparação das bicicletas e as coisas ficaram a funcionar mais ou menos mas, pouco tempo depois, continuámos a ter problemas com as baterias”, recordou à Lusa o vereador do município Eduardo Pereira.
A autarquia faialense investiu no ano passado cerca de 207 mil euros na aquisição de 32 bicicletas elétricas e de sete docas de estacionamento/carregamento, instaladas em diferentes pontos da cidade, com o objetivo de oferecer mobilidade sustentável e amiga do ambiente, não apenas para residentes, mas também para turistas.
“Além dos problemas com as baterias, verificou-se também problemas de corrosão nos pinos das docas e situações de vandalismo”, explicou o vereador com a pasta do Ambiente e Energias Alternativas, lembrando que a Câmara da Horta voltou a insistir com o fornecedor para que fizesse deslocar à ilha técnicos para repararem as avarias.
Segundo explicou, os técnicos da empresa fornecedora acabaram por efetuar nova deslocação ao Faial e, perante os problemas detetados, sugeriram que as bicicletas elétricas fossem retiradas de circulação para se fazer uma intervenção mais profunda.
“Só em junho é que nos foi enviado o orçamento para reparação de tudo e o orçamento surpreendeu-nos porque eram cerca de 14.800 euros, mais IVA, e também porque consideramos que não temos responsabilidade perante a totalidade daquela despesa”, frisou o autarca.
Eduardo Pereira lamentou que o serviço que foi disponibilizado, apenas há um ano aos munícipes e a quem visita a ilha, tenha sido suspenso de um momento para o outro e admitiu que o município ficou desapontado com todos estes constrangimentos.
“Isto defrauda as nossas expectativas, assim como penso que defrauda as expectativas da nossa população e também de quem nos visita”, admitiu o vereador, acrescentando esperar que o problema fique resolvido em breve.
O projeto, financiado em 85% por fundos comunitários, está agora a aguardar um entendimento entre a Câmara da Horta e o fornecedor a propósito dos custos de reparação das bicicletas elétricas.