Açoriano Oriental
Prova de natação de águas abertas
“No reino do Paínho-de-Monteiro” importante na divulgação da espécie endémica dos Açores

A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo salientou a importância da primeira prova de natação de águas abertas 'No reino do Paínho-de-Monteiro” na divulgação desta espécie endémica dos Açores, que celebra o 10.º aniversário do seu reconhecimento.

“No reino do Paínho-de-Monteiro” importante na divulgação da espécie endémica dos Açores

Autor: Susete Rodrigues/AO Online

“Na génese da realização desta prova está a intenção de se evidenciar os 10 anos da descrição do Paínho-de-Monteiro como nova espécie endémica dos Açores, cujo artigo científico foi publicado a 24 de setembro de 2008”, salientou Marta Guerreiro, citada em nota do Gacs..

A Secretária Regional, que falava na Vila da Praia, na apresentação da prova organizada pela AGRAPROME - Associação Graciosense de Promoção de Eventos, em parceria com o Parque Natural da Graciosa, o Serviço de Desporto de Ilha e a Associação de Natação da Região Açores, e que se vai realizar a 21 de julho, disse ainda que "esta prova de águas abertas, de ida e volta entre o areal da Vila da Praia e o Ilhéu, corresponde a cerca de três quilómetros e permitirá uma experiência magnífica a todos os participantes, pelo facto de se tratar de um profundidade reduzida onde o nadador consegue ter boa visibilidade do fundo, desfrutando de uma paisagem ímpar”.

A titular da pasta do Ambiente afirmou ainda que “são também iniciativas de caráter lúdico que possibilitam uma participação cívica mais atenta e mais ativa”, por colocarem e reforçarem “temáticas relacionadas com a conservação da natureza”.

Na sua intervenção, a Secretária Regional frisou “o trabalho que foi levado a cabo pelo investigador Luís Monteiro ao mostrar que existiam diferenças entre o conhecido Painho da Madeira e o Painho de Monteiro”, acrescentando que se trata de “uma distinção que se deveu, sobretudo, a diferenças nas vocalizações, na morfometria, na genética e na altura do ano em que se reproduzem”.

“Classificado como ‘vulnerável’ na lista da União Internacional para a Conservação da Natureza, esta é a menor ave marinha dos Açores, apresentando um comprimento de apenas 18 a 20 cm e um peso entre 35 e 60 gramas, estando comprovada a sua existência apenas aqui na ilha Graciosa”, afirmou.

Marta Guerreiro salientou ainda que esta espécie tem uma “população muito reduzida, cerca de 300 casais reprodutores”, sendo que “as colónias de nidificação localizam-se em pequenos ilhéus desabitados, como é exemplo o Ilhéu da Praia”, que visitou na manhã de quarta-feira e que considerou ser "um local privilegiado para o seu estudo pela existência de ninhos, sendo já a colónia mais importante do mundo por albergar entre 150 a 180 casais”.
   

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