Açoriano Oriental
Mundial2022
"Mesmo não sendo campeão, ficarei contente com o que fiz até agora”

Cristiano Ronaldo recusou que uma eventual conquista do Mundial2022 o ajude a consagrar-se como o melhor futebolista de sempre e confessou que “ficaria feliz na mesma” se não marcasse qualquer golo mas Portugal vencesse a competição.

"Mesmo não sendo campeão, ficarei contente com o que fiz até agora”

Autor: Marco Oliva/Lusa/AO Online

“Mesmo se ganhasse o Mundial, continuaria a haver esse debate. Uns gostam mais de loiras, outros gostam mais de morenas. Sou um jogador ambicioso e adoraria ganhar esta competição, mas, se não ganhar, ficarei na mesma contente com tudo o que fiz até agora na minha carreira. É um sonho para mim, é possível, mas vamos ver. Espero que todas as energias estejam do nosso lado”, afirmou.

O capitão da seleção portuguesa, que falava em conferência de imprensa no centro de treinos do Al-Shahaniya SC, nos arredores de Doha, disse ainda que não olha a recordes, mas admitiu que seria bonito ultrapassar uma das marcas de Eusébio.

O antigo avançado continua a ser o jogador português com mais golos em mundiais, tendo assinado nove tentos na edição de 1966, a única que disputou. Já Ronaldo conta com sete golos em quatro fases finais (2006, 2010, 2014 e 2018), podendo ultrapassar o ‘king’ no Qatar.

“Pode parecer vaidade, mas não sigo recordes. Seria muito bonito bater o recorde do nosso Eusébio. Seria especial, mas, sinceramente, não me tira o sono. Se ganhássemos a competição e eu não marcasse qualquer golo, ficaria feliz na mesma”, referiu.

Apesar de se preparar para disputar o quinto Campeonato do Mundo da carreira, Ronaldo, de 37 anos, rejeitou sentir responsabilidade acrescida nesta fase da carreira.

“A responsabilidade é sempre igual, desde os 11 anos, em que saí de casa para ir para Lisboa [para jogar na formação do Sporting]. Sinto-me uma pessoa mais observada do que todas as outras, mas a responsabilidade tenho-a sempre, seja como amigo, como pai, como jogador. Gosto de ter essa responsabilidade. A pressão é quase sempre a mesma. Às vezes lido bem, outras lido mal, não sou perfeito. Sinto-me preparado para assumir as responsabilidades”, asseverou.


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