Autor: Lusa/AO Online
“A Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável decidiu esta tarde, por unanimidade, levantar a imunidade parlamentar do deputado José Pacheco, do Chega, para que possa ser ouvido em tribunal, na qualidade de arguido”, confirmou, em declarações à Lusa, o presidente da comissão, Flávio Soares, no final de uma reunião realizada na cidade da Horta.
O deputado social-democrata não quis explicar, no entanto, qual o crime de que o líder regional do Chega (que é também líder parlamentar na Assembleia Legislativa dos Açores) é acusado, alegando que o caso “está em segredo de justiça”, mas José Pacheco esclareceu que a acusação está relacionada com a alegada “faturação indevida” do partido.
“É uma formalidade, um papelinho que falhou, que não chegou a tempo, mas que facilmente se vai resolver e será esclarecido. Não é nada de especial! Ninguém roubou ninguém! Ninguém matou ninguém!”, minimizou o deputado do Chega.
Segundo José Pacheco, o processo judicial estará relacionado com um jantar, envolvendo militantes e simpatizantes do partido, que ocorreu em 2020, onde nem todas as despesas efetuadas terão sido devidamente faturadas.
O dirigente do Chega/Açores disse estar, no entanto, “de consciência tranquila”, relativamente a este processo, e garantiu que está disponível para colaborar com a justiça.
“Acho bem! Tem de haver transparência nas coisas. Houve aqui uma pequena falha, de um documento que devia ter aparecido, a formalizar a entrada de uns valores, que até são muito poucos!”, sublinhou José Pacheco, recordando que o partido já tinha sido alertado para esta falha, anteriormente.