Autor: Lusa/AO Online
“A equipa técnica que se deslocou ao local, numa análise preliminar, identificou toda a zona como instável e perigosa, concluindo que não há condições de segurança, de momento, para a circulação de pessoas e viaturas no caminho em questão, pelo que o acesso se mantém condicionado e não recomendado”, adianta a Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, numa nota de imprensa.
A derrocada ocorreu, na segunda-feira, na estrada que faz a ligação com a zona da Ferraria, não causando vítimas, tendo o Governo dos Açores desaconselhado, na altura, a circulação e a permanência na via.
Na manhã desta terça-feira, uma equipa técnica da Direção Regional das Obras Públicas e do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC) deslocou-se ao local para uma análise técnica e aferição das condições de segurança para circulação na via pública e identificou a zona como “instável e perigosa”.
Ainda segundo a secretaria regional, a derrocada “consistiu num deslizamento de terras no pé do talude, que projetou terra e blocos rochosos de grandes dimensões para a via, obstruindo-a”.
“Este deslizamento ocorreu numa zona não abrangida pela intervenção de estabilização do talude realizada entre 2019 e 2020”, lê-se na nota.
A Direção Regional das Obras Públicas mantém trabalhos no local com um camião, uma retroescavadora e uma máquina giratória para desobstrução da via para retirar os automóveis retidos no parque de estacionamento.
“A operação de desobstrução terminou ao início da tarde”, avança ainda aquele departamento governamental.
De acordo com o Governo Regional, “não se registaram danos em pessoas ou bens”.
Por outro lado, todas as pessoas que se encontravam na zona balnear “foram acompanhadas, apoiadas e transportadas para os respetivos alojamentos, através de um esforço conjunto entre o Governo Regional, a Câmara Municipal de Ponta Delgada e a Junta de Freguesia dos Ginetes”.
Foi igualmente fornecido apoio e bens alimentares pela funcionária das Termas da Ferraria, localizada na zona, acrescenta.
O Governo dos Açores apela à compreensão e colaboração da população, sublinhando que as limitações em vigor visam "única e exclusivamente salvaguardar a segurança da população e dos visitantes".
O executivo adianta ainda que aguarda o relatório técnico do LREC para desencadear os procedimentos de proteção e consolidação dos taludes da via.