Autor: Luís Pedro Silva
A exposição foi organizada por um grupo de sete alunos do 12º ano, do curso de Ciências Sociais e Humanas, com o apoio de professores e a empresa Antigolância, que cedeu diversos móveis para a representação histórica.
Ronaldo Baires, porta voz do grupo de alunos, salientou que o projecto “foi um sonho dos alunos apaixonados pela história, que pretenderam valorizar o edifício da escola Antero de Quental, com a realização de uma exposição deste género”, sublinhou.
A ideia para promover a realização desta exposição nasceu há cerca de oito meses, através da necessidade de realizar um projecto durante o ano lectivo, tendo sido escolhido por este grupo de alunos a recriação da época do Barão da Fonte Bela, que mandou construir o edifício onde actualmente funciona a escola secundária Antero de Quental.
“Foi muito difícil encontrar as mobílias e adereços desta exposição, porque os alunos sentiram muitas dificuldades para apresentar a exposição. Foram oito meses de trabalho árduo”, frisou.
O transporte dos móveis, devido ao peso e dimensão dos mesmos, foi uma das últimas dificuldades encontradas pelos alunos, que conseguiram inaugurar a exposição após “meses de reuniões e planeamento”.
Boanerges Melo, director do conselho executivo da escola Antero de Quental, considera que a exposição apresentada “é uma forma de estabelecer uma ligação entre as gerações actuais e as que habitaram o palácio da Fonte Bela, há mais de 150 anos. É uma forma de se fazer história e apresentar aquilo que se viveu neste espaço bonito”, destacou o responsável da escola.
Bruno Pacheco, director regional da Juventude, ficou satisfeito com o trabalho apresentado pelos alunos “pelo simbolismo deste palácio na história de Ponta Delgada”.
O representante do Governo Regional destacou “os valores adquiridos pelo património material representaram para os jovens e contribui para o desenvolvimento da construção da nossa identidade, enquanto povo açoriano”, salientou .
Bruno Pacheco acrescentou que a exposição revive uma época muito particular da história colectiva de São Miguel.
A exposição vai estar aberta ao público, no edifício principal da escola secundária da Antero Quental, até dia 15 de Maio, às 16h30.