Açoriano Oriental
Ucrânia
Trump e Putin falam por telefone hoje antes de Zelensky visitar Washington

Os presidentes norte-americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, deverão falar por telefone, na véspera de o homólogo ucraniano ser recebido em Washington para discutir a eventual entrega de mísseis de longo alcance norte-americanos Tomahawks a Kiev

Trump e Putin falam por telefone hoje antes de Zelensky visitar Washington

Autor: Lusa/AO Online

A informação foi avançada pelo meio online Axios e confirmada por fontes da Casa Branca, que pediram anonimato, às agências noticiosas Associated Press (AP) e France-Presse (AFP).

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem pressionado Trump a fornecer a Kiev mísseis Tomahawk, o que permitiria às forças ucranianas atacar mais profundamente o território russo.

Trump disse no domingo que planeava discutir a questão dos mísseis de longo alcance com Putin como forma de o pressionar a acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia.

"Eles querem ter Tomahawks nessa direção? Acho que não", disse Trump no domingo, acrescentando: “Acho que posso falar com a Rússia sobre isso".

Zelensky argumentou que tais ataques ajudariam a obrigar Putin a levar mais a sério os apelos do líder norte-americano para negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia para acabar com a guerra desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022.

O Presidente russo, Vladimir Putin, alertou contra o fornecimento de Tomahawks a Kiev, dizendo que seria "uma nova escalada" e afetaria as relações entre Washington e Moscovo.

O encontro desta sexta-feira será o terceiro entre Zelensky e Trump desde que este regressou à Casa Branca, em janeiro.

Com um frágil cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas e um acordo para libertar os reféns detidos na Faixa de Gaza há mais de dois anos, o líder norte-americano declarou que agora está a focar a sua atenção na situação na Ucrânia.

O fim das guerras na Ucrânia e em Gaza foi fundamental para a campanha presidencial de Trump em 2024, na qual criticou persistentemente a gestão de conflitos do então presidente democrata, Joe Biden.

No entanto, tal como o seu antecessor, Trump também foi travado por Putin, uma vez que pressionou, sem sucesso, o líder russo a manter conversações diretas com Zelensky para pôr fim à guerra, que se aproxima do seu quarto ano.

Mas recém-saído do cessar-fogo em Gaza, Trump está a mostrar uma nova confiança de que pode finalmente avançar em direção ao fim da invasão russa.

Também está a dar sinais de que poderá aumentar a pressão sobre Putin se o chefe de Estado russo não se sentar à mesa das negociações em breve.

"Curiosamente, fizemos progressos hoje, por causa do que aconteceu no Médio Oriente", disse Trump sobre a guerra Rússia-Ucrânia na noite de quarta-feira.

No início desta semana, em Jerusalém, num discurso no parlamento israelita (Knesset), Trump previu que a trégua em Gaza lançaria as bases para os Estados Unidos ajudarem Israel e muitos dos seus vizinhos do Médio Oriente a normalizar as relações.

Mas Trump também deixou claro que a sua principal prioridade de política externa agora é acabar com o maior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

"Primeiro temos de tratar da Rússia", disse Trump, dirigindo-se ao seu enviado especial Steve Witkoff, que também serviu como principal interlocutor da administração norte-americana com Putin.

"Temos que fazer isso. Se não se importa, Steve, vamos concentrar-nos na Rússia primeiro, está bem?", questionou, dirigindo-se ao enviado especial.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.


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