Açoriano Oriental
PS/Açores apela a que Governo da República pague salários em atraso aos trabalhadores da Base das Lajes

O líder do PS/Açores, Francisco César, apelou ao Governo da República para que pague os salários em atraso aos trabalhadores portugueses na Base das Lajes, à semelhança do que foi feito na Alemanha e em Espanha

PS/Açores apela a que Governo da República pague salários em atraso aos trabalhadores da Base das Lajes

Autor: Lusa/AO Online

“O Estado deve assumir os salários em atraso e garantir o reembolso posterior. O que está em causa é o sustento de dezenas de famílias e a estabilidade de uma comunidade inteira”, afirmou o dirigente socialista, citado em comunicado de imprensa.

Os trabalhadores portugueses na Base das Lajes receberam o último vencimento com cortes, a 17 de outubro, e já foram informados de que não deverão receber o próximo, que seria pago a 27 de outubro, devido à paralisação parcial da administração norte-americana.

Para o líder regional do PS, é “urgente” que o Governo português siga o exemplo dos executivos alemão e espanhol, que decidiram pagar os salários aos funcionários de bases militares nos seus países, enquanto os Estados Unidos não o fazem.

“Na Alemanha, o governo decidiu assumir os salários de cerca de 11 mil funcionários das bases norte-americanas através de uma despesa extraordinária que é uma autorização temporária do Estado que permite pagar de imediato os trabalhadores, sendo depois reembolsado pelos Estados Unidos. Em Espanha, o governo fez o mesmo nas bases de Rota e Morón, criando um plano de contingência para assegurar que ninguém ficasse sem rendimento”, apontou.

Francisco César, que é também vice-presidente do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República, considerou que a situação dos trabalhadores da Base das Lajes é “inaceitável e profundamente injusta”.

“Estamos a falar de famílias açorianas que dependem inteiramente destes rendimentos, numa ilha onde a economia é limitada e cada salário conta”, alertou.

Para o dirigente socialista, os mais de 400 funcionários portugueses da Base das Lajes “não podem ser tratados como números de um contrato internacional, sem respostas nem garantias”.

“Estes trabalhadores são parte integrante da comunidade terceirense, sustentam o comércio local, pagam as suas casas e fazem a economia girar”, sublinhou.

Francisco César salientou que a presença de trabalhadores portugueses na Base das Lajes decorre de um acordo internacional entre o Estado português e a administração americana.

O deputado socialista, que já tinha apresentado um requerimento na Assembleia da República a questionar o Governo sobre esta situação, criticou o silêncio do executivo.

“Já passaram semanas desde o início do problema e o silêncio do Governo é incompreensível. Os trabalhadores da Base das Lajes merecem respeito e proteção do seu próprio país. O Governo português não pode continuar a assistir, à distância, ao que se passa numa das suas regiões mais periféricas”, frisou.

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