Açoriano Oriental
Conselho de Ilha do Pico dá parecer negativo ao Plano e Orçamento dos Açores para 2026

O Conselho de Ilha do Pico, nos Açores, deu parecer negativo à anteproposta de Plano e Orçamento do Governo Regional para 2026, por não dar resposta a preocupações dos habitantes

Conselho de Ilha do Pico dá parecer negativo ao Plano e Orçamento dos Açores para 2026

Autor: Lusa/AO Online

O presidente daquele órgão consultivo, Rui Matos, disse à agência Lusa que foram várias as razões que levaram os conselheiros a dar parecer desfavorável ao documento, por maioria.

“No último Conselho de Ilha, os conselheiros levantaram muitas questões ao Governo [Regional], que até hoje ainda não tiveram resposta. Essas questões foram levantadas relativamente ao relatório final da ampliação da pista do aeroporto do Pico e também em relação à impermeabilização da Lagoa do Paul”, adiantou.

Segundo o responsável, para o próximo ano, por parte do executivo liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, “não há uma resposta relativamente a estes assuntos que há muitos anos preocupam os picarotos”.

Na proposta de Plano e Orçamento surge “pouco investimento na habitação, mas isso é geral em todas as ilhas, segundo consta”, acrescentou.

“Uma reivindicação dos picarotos também tem a ver com as obras do porto da Madalena, devido à acumulação das algas, e [com] as obras [de reparações dos prejuízos] do furacão Lorenzo. Também não há uma resposta neste plano sobre quando [são executadas], nem valores. Está tudo muito vago”, explicou.

Rui Matos referiu que o documento para 2026 “está de forma diferente e não há verbas alocadas a determinados investimentos” e “há dúvidas sobre o que fazer com determinada verba”.

“Também para obras nas Estradas Regionais e nos caminhos agrícolas, a verba que está alocada é muito pouca, devido à dimensão da ilha”, concluiu o presidente do Conselho de Ilha do Pico.

A anteproposta de Plano dos Açores para 2026 atinge os 990,9 milhões de euros, mais 172 milhões face a 2025, prevendo-se um crescimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e um endividamento até 150 milhões de euros.

As previsões macroeconómicas do Governo Regional preveem um crescimento de 2% e de 1,7% do PIB da região em 2026 e 2027, respetivamente, além de uma taxa de inflação nos “limites da razoabilidade” de 2,1% no próximo ano.

O Plano e Orçamento dos Açores para 2026 vão ser discutidos e votados na Assembleia Regional em novembro.


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