Açoriano Oriental
UGT/Açores coloca aumentos salariais como prioridade no Orçamento Regional para 2026

A UGT/Açores disse que nas prioridades do Orçamento Regional para 2026 estão os aumentos salariais e referiu que as privatizações previstas no setor público são “motivo de grande preocupação” para os trabalhadores


Autor: Lusa/AO Online

“Para nós, a prioridade [no próximo ano] está nos aumentos salariais, sobretudo na atividade privada”, afirmou Manuel Pavão, em declarações aos jornalistas.

O dirigente da UGT/Açores falava no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, após uma audiência com o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento Regional para 2026.

Segundo o responsável, “os aumentos salariais dos últimos anos têm ficado muito aquém do que determinados setores […] poderiam oferecer aos trabalhadores”, indicando como exemplo áreas relacionadas com turismo e atividades conexas, construção civil, grande distribuição e banca.

“Portanto, a nossa prioridade está, neste momento, nos aumentos salariais. Não só do aumento [do salário] mínimo, […] mas aumentar os outros níveis salariais, porque têm sofrido um esmagamento nos últimos anos, que é desmotivante e uma injustiça para aqueles que [estão] a trabalhar há 15, 20 e mais anos”, justificou.

A UGT/Açores também defendeu o “aceleramento nos pagamentos e transferências a fornecedores e entidades com protocolos e acordos com o Governo Regional”.

Prosseguir o reforço de melhoria da formação profissional e o “prosseguimento no esforço de mais medidas sociais” como gratuitidade de creches até apoio aos idosos e aos mais desfavorecidos, são outras das propostas.

No memorando com sugestões que foi entregue hoje ao presidente do executivo de coligação, Manuel Pavão abordou ainda o setor público empresarial regional.

Como o Governo Regional pretende privatizar empresas como a companhia aérea SATA (cujo processo já está em curso), a Portos dos Açores, empresas do grupo EDA – Eletricidade dos Açores e Atlânticoline, entre outras, o líder da UGT açoriano alertou que a iniciativa “está a ser motivo de grande preocupação dos trabalhadores dessas empresas”.

“Como se trata de um processo que acarreta sempre riscos e incertezas, vem-lhes à memória o que aconteceu com a privatização do BCA e Companhia de Seguros Açoriana, que faliram e deixaram mal os trabalhadores, investidores, clientes e a própria região, que perdeu um dos principais instrumentos para acelerar o seu desenvolvimento económico e social”, recordou.

O Plano e o Orçamento dos Açores para 2026 vão ser discutidos e votados na Assembleia Regional em novembro.

O executivo saído das eleições legislativas antecipadas de 04 de fevereiro de 2024 Governa a região sem maioria absoluta no parlamento açoriano e, por isso, necessita do apoio de outro partido ou partidos com assento parlamentar para aprovar as suas propostas.

PSD, CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta. O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.

 


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