Autor: Lusa/AO Online
“Não se trata de apoiar o Governo [Regional] no sentido de fazer um favor ao governo com apoio e a aprovação do Plano e Orçamento, mas é um imperativo regional que o governo tenha o Orçamento aprovado”, declarou o dirigente do PPM Manuel São João.
O monárquico falava na sede da Presidência, em Ponta Delgada, após uma reunião com o líder do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, que recebeu hoje os partidos e parceiros sociais a propósito da elaboração do Plano e Orçamento para 2026.
São João, que já integrou um Governo Regional enquanto secretário do Mar e Pescas, salientou que só com a aprovação do orçamento é que o executivo “pode fazer face aos desafios que são impostos”, como o “cumprimento integral” do Plano de Recuperação e Resiliência.
“A região vive um momento importante pelo contexto regional, nacional e internacional, de reconhecida instabilidade, que convém acautelar”, alertou.
Ainda segundo o dirigente do PPM, o partido defende o “rigor orçamental”, mas “sem comprometer os serviços essenciais”, avisando que “não consente que haja cortes nos apoios sociais”.
Manuel São João sinalizou também que são necessários investimentos “em todas as ilhas para reduzir assimetrias”, dando como exemplo de prioridades a construção de uma gare marítima e a reabilitação da aerogare na ilha do Corvo.
O representante do PPM salientou, igualmente, a necessidade de “modernização do acesso” ao Serviço Regional de Saúde e uma “maior adequação das quotas regionais à situação real dos recursos marinhos” da região.
A discussão e votação do Plano e Orçamento dos Açores para 2026 vai acontecer em novembro na Assembleia Legislativa Regional.
O Plano e Orçamento da região para 2025 foram aprovados em novembro de 2024 com os votos a favor do Chega e dos partidos da coligação do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), tendo PS, BE, IL e PAN votado contra.
O executivo saído das eleições legislativas antecipadas de 04 de fevereiro de 2024 governa a região sem maioria absoluta no parlamento açoriano e, por isso, necessita do apoio de outros partidos com assento parlamentar para aprovar as suas propostas.
PSD, CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta. O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.