Açoriano Oriental
CGTP-IN/Açores propõe acréscimo regional ao salário mínimo no Orçamento Regional 2026

A CGTP-IN/Açores disse que o Orçamento Regional para 2026 deve contemplar um “acréscimo regional ao salário mínimo de cinco para 10%”, para ajudar no combate à pobreza na região

CGTP-IN/Açores propõe acréscimo regional ao salário mínimo no Orçamento Regional 2026

Autor: Lusa/AO Online

“O que nós transmitimos é que estes instrumentos de governação têm que se traduzir no combate à pobreza e, aqui, no imediato, há a questão do acréscimo regional ao salário mínimo de cinco para 10% que, como se sabe, nem sequer tem efeitos na despesa pública, mas que será significativo para quem, neste momento, tem salários que já não chegam ao fim do mês”, afirmou Rui Teixeira, em declarações aos jornalistas.

O coordenador da CGTP-IN/Açores, Rui Teixeira, falava no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, após uma audiência com o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento Regional para 2026.

Segundo o sindicalista, para o próximo ano “é também importante o aumento da remuneração complementar”.

Referiu ainda que a região tem apoios públicos às empresas que “devem ser estratégicos e devem priorizar, por um lado, as micro, pequenas e médias empresas, como sendo a parte estruturante do tecido empresarial da região e da economia, e devem privilegiar, sobretudo, a produção regional”.

Por outro lado, Rui Teixeira referiu que não faz sentido “que estes apoios não estejam associados a responsabilidade social das empresas, porque, senão, serão a fundo perdido e não terão efeitos na economia da região e em quem faz funcionar a região e na redução da pobreza”.

Outra preocupação da CGTP-IN açoriana está relacionada com a “dinamização da contratação coletiva”.

“Sem essa dinamização, não haverá evolução na situação social. Vamos continuar com uma situação bastante estagnada, que é algo que nos preocupa e que condiciona a região no presente e condiciona no futuro. Não haverá mão-de-obra qualificada e não haverá mão-de-obra suficiente sem condições para quem trabalha”, disse o dirigente.

Segundo Rui Teixeira, para a estrutura intersindical, “não faz sentido uma região que diz ter crescimento económico e que, depois, esse crescimento económico não se repercute na vida de quem o produz, que são os trabalhadores”.

O Plano e o Orçamento dos Açores para 2026 vão ser discutidos e votados na Assembleia Regional em novembro.

O executivo saído das eleições legislativas antecipadas de 04 de fevereiro de 2024 governa a região sem maioria absoluta no parlamento açoriano e, por isso, necessita do apoio de outro partido ou partidos com assento parlamentar para aprovar as suas propostas.

PSD, CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta. O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.


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