Autor: Lusa/AO Online
"Temos ainda um pouco de margem de manobra para baixar de novo as taxas", declarou ao diário económico alemão Handelsblatt.
"Mas, para mim, o limiar não se afasta do que temos actualmente", acrescentou.
No princípio de Março, o BCE voltou a baixar as suas taxas, com a principal a descer até 1,50 por cento, o nível mais baixo desde a criação do banco.
Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, já tinha admitido uma nova baixa das taxas, mas não disse quando.
No entanto, vários responsáveis manifestaram reservas em ver a taxa descer demasiado baixo, e isso apesar da Reserva Federal norte-americana ter aproximado as suas taxas de zero e do Banco de Inglaterra parecer estar em vias de fazer o mesmo.
Mas "com uma taxa demasiado baixa, não conseguiremos reactivar o mercado interbancário", considerou.
"Os bancos comerciais irão desenvolver as suas actividades apenas pela via do banco central", em vez de voltar a emprestar dinheiro entre eles, acrescentou.
"Apesar da taxa directora ser mais elevada, as condições de financiamento na zona euro são mais favoráveis do que no Reino Unido ou nos Estados Unidos", nomeadamente para os créditos às empresas a médio e longo prazo, adiantou Stark.
Os bancos deveriam aliás repercutir mais nos empréstimos às famílias as descidas das taxas decididas pelo BCE desde Outubro, considerou este responsável do BCE.