Autor: Lusa/AO Online
A parceria entre a Organização Mundial da Saúde (OMS), os bancos Africano, Europeu e Islâmico de Desenvolvimento (BAD, BEI e BID) e os países de baixo e médio rendimento foi assinada esta segunda-feira em Nova Iorque, à margem da Cimeira do Futuro das Nações Unidas.
O acordo resulta na criação de uma nova Plataforma de Investimento de Impacto na Saúde, que dará resposta à "necessidade crítica de esforços coordenados para reforçar os cuidados de saúde primários em comunidades vulneráveis", assim como às "ameaças pandémicas como a varíola e a crise climática", anunciou a OMS, através de um comunicado.
Ao mesmo tempo, um conjunto de 15 países – Burundi; República Centro-Africana; Comores; Djibuti; Egito; Etiópia; Guiné-Bissau; Jordânia; Maldivas; Jordânia; Senegal; Sudão do Sul; Gâmbia; Tunísia; e Zâmbia - acordaram dar início a planos de investimento, que absorverão "uma parte significativa do esforço de financiamento".
A plataforma – anunciada há um ano na Cimeira para um Novo Pacto Mundial de Financiamento, em Paris - dará "prioridade a oportunidades de investimento que satisfaçam as necessidades nacionais de saúde", e desbloqueará "empréstimos e subvenções em condições favoráveis para expandir e melhorar os serviços de cuidados de saúde primários" nesses países, explica-se no comunicado.
Numa avaliação anterior à pandemia de covid-19, a OMS estimou que, para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas relacionados com a saúde, os países de rendimento baixo e médio-baixo precisavam de mais 371 mil milhões de dólares americanos (por ano, em conjunto, até 2030.
A plataforma "será uma fonte vital de novos financiamentos para a criação de cuidados de saúde primários resistentes às alterações climáticas e às crises em alguns dos países que mais precisam deles", sublinhou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, citado no comunicado.
"A OMS agradece aos bancos multilaterais de desenvolvimento pela parceria e estamos empenhados em trabalhar em estreita colaboração com os países para pôr estes fundos a funcionar e começar a fazer a diferença nas comunidades que servimos", acrescentou.