Açoriano Oriental
Atletismo/Mundiais
Domingos Castro promete dedicação e pede mais financiamento

O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) assegurou ao primeiro-ministro total dedicação dos atletas lusos nos Mundiais de atletismo, em Tóquio, reivindicando uma maior 'fatia' do Orçamento do Estado para o desporto

Domingos Castro promete dedicação e pede mais financiamento

Autor: João Pedro Simões/Lusa/AO Online

“Em nome da FPA e de todas as federações – até porque eu sou vice-presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), liderado por Fernando Gomes, que é um presidente de excelência – apelo a que, no Orçamento do Estado, tudo o que sejam valores do IPDJ e das apostas desportivas venha para as federações e para as nossas modalidades, sobretudo as olímpicas, porque, com esse apoio, podemos ir muito mais além”, afirmou Domingos Castro.

O líder da FPA chefia a delegação portuguesa para a 20.ª edição dos Campeonatos do Mundo de atletismo, na capital japonesa, onde foram recebidos na embaixada portuguesa, com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

O embaixador de Portugal no Japão, Gilberto Jerónimo, foi o anfitrião da iniciativa, que contou ainda com a presença dos ministros dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.

“É uma grande honra ser recebido neste país pelo nosso primeiro-ministro”, começou por dizer Domingos Castro, o primeiro medalhado português em Campeonatos do Mundo, com a conquista da medalha de prata na prova dos 5.000 metros, em Roma1987, poucos dias depois de Rosa Mota se ter sagrado campeã mundial na Maratona.

Além desta lembrança, o antigo fundista recordou ainda sua primeira viagem ao Japão, onde, em 1991, foi quinto nos 5.000 dos Mundiais Tóquio1991, assim como o patrocínio que teve de uma marca de material desportivo japonesa, até ter assumido a liderança da FPA, no ano passado, após praticamente 30 décadas de patrocínio.

Domingos Castro assumiu-se um “fã incondicional” de Montenegro, partilhando um episódio recente, em que recorreu à ajuda do Governo.

“No principio de junho, os nossos diretor e vice-presidente financeiros disseram-me que não tínhamos dinheiro para os Europeus de sub-23, para os Europeus de sub-20 e para os Mundiais ao ar livre, em Tóquio, para os Mundiais paralímpicos, na índia, e para os Virtus, na Austrália. Temos 40 mil euros e estes cinco campeonatos custam 987 mil euros. Eu ouvi e disse: vou resolver. E resolvi, fruto da excelente relação que tenho com as pessoas do atual Governo”, recordou.

O dirigente partilhou este episódio perante a delegação nacional presente na receção, entre os quais cinco dos 32 atletas convocados, casos de Lorene Bazolo, Jessica Inchude, Mariana Machado, Vitória Oliveira e Solange Jesus.

“Decidi contar esta situação, em que fui apelar ao que estávamos a passar e foi resolvido, aos nossos campeões, aos nossos treinadores e à nossa comitiva, para que saibam, por vezes, das dificuldades pelas que passámos. Estou muito grato ao seu executivo”, sublinhou, reconhecendo que a FPA tem sido “bastante apoiada” e o Governo lhe tem proporcionado “excelentes condições”.

Apesar disso, Domingos Castro recuperou a reivindicação de uma diferente distribuição das receitas provenientes das apostas desportivas, que, atualmente, atribuem 37,5 % do Imposto Especial para o Jogo Online (IEJO) para o setor.

“Conte connosco, também. Nós contamos consigo, com o seu executivo, agradecemos-lhe a si e à embaixada, prometendo que vamos dar o nosso melhor, porque os atletas, mais do que ninguém, querem alcançar um bom resultado”, concluiu.

Portugal apresenta uma delegação recorde de 32 atletas para a 20.ª edição dos Mundiais ao ar livre, a disputarem entre sábado e 21 de setembro, os primeiros sobre a liderança de Domingos Castro, após ter ficado afastado dos pódios pela quinta vez e com a pior pontuação de sempre em Budapeste2023.


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