“Dirijo-me a todos com a confiança de quem, recordando como era a nossa vida há cinco anos, vê agora os Açores melhores. Melhores do que em 2020. E, com humildade, reconheço que o percurso foi exigente, em contexto difícil. Os resultados são fruto de políticas que lançámos e do trabalho empenhado e dinâmico dos açorianos. Fizemos do diálogo um instrumento de transformação”, disse José Manuel Bolieiro.

O chefe do executivo regional, que fez uma declaração política, no primeiro dia da sessão plenária deste mês do parlamento regional, na Horta, na ilha do Faial, referiu que não dialoga “para adiar, mas para envolver e decidir”.

“A confiança que os açorianos nos têm transmitido reforça a certeza de que este é o caminho a prosseguir”, admitiu.

Na área da saúde, foram dados “passos firmes, para responder à maior das preocupações dos açorianos” e, em 2024, realizaram-se mais 35% de atos médicos do que em 2019, referiu.

“Valorizámos as carreiras dos nossos profissionais de saúde, com um investimento de 30 milhões de euros. A taxa de cobertura de médico de família subiu de 86%, em 2020, para 91% em 2024”, acrescentou.

Na educação, segundo Bolieiro, a região integrou mais de 900 professores nos quadros das escolas desde 2021, “dando estabilidade à profissão e qualidade ao ensino”.

O emprego foi outra das prioridades e, entre 2019 e 2024, “a população ativa aumentou 6.900 pessoas e a população empregada cresceu 9.100 trabalhadores”.

“No segundo trimestre de 2025, o número de empregados foi de 121.500, isto é, o mais elevado de sempre. A taxa de desemprego foi de 3,9%, isto é, a mais baixa desde 2007”, apontou.

Também referiu que o Governo Regional açoriano investiu nas crianças: “Em 2019, apenas 590 tinham creche gratuita, em 2025 são já 4.686. É um aumento de quase 700%”.

Os idosos foram apoiados com “medidas concretas” e o líder do executivo regional evidenciou o Complemento Regional de Pensão, “que esteve congelado durante anos, aumentou de 54 euros em 2020 para 125 em 2025”.

“Na habitação, em quatro anos, concluímos 199 soluções habitacionais - entre novas casas, reabilitações e lotes atribuídos - e estão em execução investimentos de 50 milhões de euros através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, salientou.

Depois de referir que a economia açoriana “está hoje mais sólida”, destacou que o consumo privado cresceu, a atividade económica manteve-se estável e, no turismo e mobilidade, a região alcançou recordes.

“Na agricultura, acabámos com os rateios ao POSEI. Hoje, os agricultores recebem 100% do apoio a que têm direito, o que representa mais 15 a 16 milhões de euros por ano. A produção de carne e derivados do leite tem vindo a crescer. A produção de carne, entre 2019 e 2024, cresceu 11%”, evidenciou.

Já nas pescas, o governante disse existir “um aumento acentuado do valor do pescado capturado pelos pescadores”: “Passámos dos 33,9 milhões, em 2019, para 39,8 milhões de euros em 2024.

Em 2019, as exportações para o estrangeiro atingiram os 115,4 milhões de euros. Em 2024, atingimos os 160 milhões de euros, mais 39%”, acrescentou.

José Manuel Bolieiro reconheceu que a região está hoje “melhor na saúde, na educação, no apoio aos idosos e às crianças, na habitação, no emprego, na economia, no poder de compra, no rendimento dos trabalhadores e no fortalecimento das empresas”.

“Queremos que os Açores sejam referência em qualidade de vida, em justiça social, em oportunidades para os jovens, em dignidade para os idosos e segurança para as famílias”, disse.

E concluiu: “No exterior há quem nos inveje. Cá, dramatizamos as dificuldades. Prefiro exaltar o nosso potencial”.