Autor: Lusa/AO Online
Esta decisão saiu do plenário que a ASPP realizou de manhã no aeroporto de Lisboa para denunciar “a falta de condições” dos polícias, que estão “totalmente exaustos e desmotivados”, e que contou com cerca de 100 elementos da Polícia de Segurança Pública que trabalham naquela infraestrutura.
“Caso o Governo não comece a dar respostas na resolução dos problemas, vamos insistir nos plenários que têm impactos no funcionamento do aeroporto”, disse à Lusa o presidente da ASPP, Paulo Santos, avançando que ficou marcado um plenário para dezembro, perto do Natal, a realizar no aeroporto de Lisboa e que contará com polícias que trabalham nas fronteiras aéreas de todo o país.
O presidente do maior sindicato da PSP frisou que os polícias vão "continuar com a luta até que o Governo dê resposta à atribuição de um suplemento aeroportuário, como acontecia com os ex-inspetores do SEF, melhores condições de trabalho, aumento de efetivo, dignificação salarial e fim das pressões da ANA – Aeroportos".
Paulo Santos afirmou que durante o plenário os polícias contaram a atual situação que se vive no controlo de passageiros nas fronteiras aeroportuárias, uma competência que a PSP herdou há dois anos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
“Falta de efetivo, escassez de recursos, falta de equipamentos, pressão exercida para desenvolver o controlo de pessoas” são algumas das queixas, disse, avançando que há um “desrespeito brutal pelas condições de trabalho”.
Segundo o presidente da ASPP, o Governo deu agora 100 dias à PSP para reduzir o tempo de espera dos passageiros quando está a ser feito o controlo, o que provoca uma “desvalorização da componente da parte da segurança”.
O sindicalista relatou ainda que os polícias estão “desmotivados pela forma como estão a ser tratados” e está a ser recusada a transferência para outros locais da PSP.