Autor: Lusa/AO Online
Em comunicado enviado à agência Lusa, a direção da CCIA “manifesta a sua preocupação e insatisfação com a evolução do processo de privatização da Azores Airlines, tendo em consideração o sucessivo protelamento que este tem vindo a conhecer, com a inerente incerteza que está a provocar”.
“Tratando-se de um assunto de primordial relevância e impacto na economia e nas finanças regionais, bem como na mobilidade dos residentes e dos turistas, era indispensável haver uma maior e mais transparente informação sobre os aspetos mais relevantes deste processo, embora com a necessária salvaguarda de questões necessariamente confidenciais”, alerta.
A direção da CCIA lembra as conclusões do Fórum CCIA - Encontro Empresarial dos Açores, promovido este mês, que apontavam para a criação de um plano de contingência, “caso se venha a verificar o indesejado encerramento da Azores Airlines, cenário que tem sido, repetidamente, colocado pelo Governo Regional”.
“Este plano, que é prioritário, deve prever medidas/soluções que contemplem nomeadamente as atuais rotas e frequências que aquela companhia vem assegurando”, alerta.
Para a associação empresarial, os Açores “não podem ser confrontados com uma situação desta natureza, sem ter um plano consistente devidamente preparado”.
A posição surge numa altura em que está a ser negociada a privatização da Azores Airlines com o consórcio Newtour/MS Aviation, tendo o Governo Regional admitido a possibilidade de uma negociação particular ou o encerramento da companhia, caso não seja possível alcançar um acordo.
O Governo Regional revelou na semana passada que o presidente do júri do concurso da privatização da companhia Azores Airlines adiou para 10 de novembro o prazo para o consórcio apresentar uma “proposta firme”.
Segundo estipulado no caderno de encargos, o consórcio vai ter de apresentar uma “proposta melhorada”, sendo que, além da apresentação da proposta até 10 de novembro, o júri estabeleceu a data-limite de 24 de novembro para a submissão de documentação burocrática.
Em junho de 2022, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo medidas como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%).