Autor: Rafael Dutra/Paulo Faustino
Moradores em Rabo de Peixe pretendem que seja criado no Largo do Charco um jardim público, pois dizem haver ausência de espaços verdes na vila piscatória.
De acordo com informações recolhidas pelo Açoriano Oriental, a pretensão dos moradores traduz-se numa medida que alegam já ter sido aprovada em Assembleia Municipal da Ribeira Grande. Mas, dizem que ainda não concretizada.
“A autarquia tem de investir simbolicamente, pois estas despesas são mínimas”, sublinham os residentes de Rabo de Peixe.
Os moradores adiantam que o local em questão já conta com um monumento evocativo da escultora Luísa Constantina e um painel de azulejos histórico.
“Falta a jardinagem, mais clorofila, mais flores, plantas e assentos de lazer com mesas, para embelezarem esta excelente entrada desta vila, tão carente de espaços verdes”, lê-se em nota enviada ao Açoriano Oriental.
Os moradores lembram que o Largo do Charco de Rabo
de Peixe “remonta aos anos 1940, onde existia uma grande poça natural e
constituía um centro de lazer”, assinalando ainda que as festas
rabopeixenses de São João realizam-se todos os anos neste recinto.
Presidente de junta nega existência de proposta
Questionado pelo Açoriano Oriental, o presidente da Junta de Freguesia de Rabo de Peixe, Jaime Vieira, afirma que nunca houve em Assembleia Municipal da Ribeira Grande uma proposta para transformar a zona do Charco num jardim público.
No entanto, admite que houve um projeto de “pequena requalificação” do espaço em questão, mas que o mesmo já foi realizado.
O
autarca adianta ainda que “nunca nos chegou nenhuma preocupação ou
recomendação por parte de qualquer tipo de cidadão”, nem “esteve em cima
da mesa” transformar aquela área num jardim público.
Jaime Vieira refere também que, do ponto de vista da Junta de Freguesia de Rabo de Peixe, não faria sentido colocar na zona do Largo do Charco um jardim, tendo em conta que aquele espaço faz parte de uma “estrada principal muito concorrida em termos de carros”.