Autor: Maria Leonardo, Mariana Neves e Carolina Mendonça
Do dia 21 ao dia 29 de setembro de 2025 ocorreu a última mobilidade contemplada neste projeto, na qual tivemos presente uma comitiva de seis docentes e oito alunos da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade. Com a preparação de um programa de atividades bastante vasto, a cargo do Geoparque de Hateg, foi potenciado a todos os elementos presentes um conjunto de aprendizagens com grande ênfase na vertente geológica, paleontológica, geográfica e natural que a Roménia tem para oferecer. Também tivemos oportunidade de explorar parte da cativante história e cultura romena, através de visitas a castelos, fortalezas e igrejas, que tinham inerente artefactos geológicos de grande relevância. “Eu adoro história e geologia separadamente, então, ser capaz de aprender uma pela outra foi simplesmente incrível” disse a aluna Mariana Neves do 11ºD que participou nesta mobilidade.
Para além de tudo isto, as amizades que se criam durante estas mobilidades, são um dos aspetos mais valiosos e encantadores destes projetos.
“ (…)Foi nesse jantar que realmente falámos com toda a gente de todos os diferentes países e também onde vimos que algumas opiniões que tínhamos uns dos outros não eram a realidade, mas um género de estereótipo. Só lá, nós falámos, fizemos amizades para a vida, (…). Foi nesse jantar onde todos comemos juntos, não como diversas equipas diferentes, mas como uma grande família, a família do EMME”, descreve o aluno Gabriel Pinto do 11º C sobre o jantar de despedida.
Esta mobilidade não foi apenas uma viagem por si só, mas sim o culminar de um trabalho de dois anos onde crescemos e aprendemos, não só academicamente, mas também a nível pessoal, conhecemos novas perspetivas do mundo, aprendemos a lidar com desafios diários de forma mais prática e empática, como também levamos memórias marcantes. Neste percurso, o apoio constante dos professores foi essencial, estando sempre presentes para orientar, apoiar e garantir que todos os alunos aproveitassem a experiência da melhor forma possível.
Já para os nossos pais, ver os seus filhos participar em projetos com grande impacto e explorar o mundo é motivo de orgulho, mas também de algum nervosismo. Confiar que os seus educandos estarão longe de casa, num ambiente novo, pessoas e línguas distintas é um desafio que em instantes se transforma em satisfação, ao perceber o quanto se ganha e quanto se aprende com o mundo que nos rodeia. Muitos pais partilham do mesmo sentimento, manifestado pela encarregada de educação da aluna Carolina Mendonça “A minha filha regressou diferente — mais consciente e curiosa, com a mente mais aberta e um novo olhar sobre a nossa cultura. Passou a valorizar mais as nossas tradições, trouxe histórias e memórias inesquecíveis, e ensinou-nos muito do que viveu no projeto.”
Por fim, o projeto EMME mostrou que uma mobilidade Erasmus+ vai muito além do simples conhecimento académico. Trata-se de uma experiência transformadora, capaz de unir pessoas, culturas e aprendizagens de forma única, criando memórias que perduram para toda a vida. Entre descobertas geológicas, culturais e históricas, e os laços de amizade que se formaram, os participantes regressam, não apenas com novas competências, mas com uma visão mais aberta e enriquecida do mundo. Além do que já foi referido, a participação neste tipo de projetos também nos faz valorizar ainda mais a nossa terra, nomeadamente todo o seu património material e imaterial. Em suma, constituem oportunidades únicas, não só para os alunos e professores que neles participam, mas também para as famílias e para a comunidade educativa, como um todo.
No EMME, cada memória criada tornou-se numa semente de curiosidade, amizade e respeito pelo nosso planeta.