Autor: Lusa/AO Online
O Clube Kairós (K) está prestes a iniciar a sua 15.ª participação - a nona consecutiva - na Liga feminina de voleibol.
Depois de um ano extremamente positivo, onde as açorianas alcançaram o quinto lugar no campeonato e chegaram à “Final Four” da Taça de Portugal (derrota frente aoVitória de Guimarães), João Carronha, treinador do Clube K, alertou para a necessidade de não se “transferir” as expectativas para a época que se inicia já no próximo sábado.
“Entendendo que possa haver alguma expectativa agora, porque a época passada foi muito positiva, e até tendo em conta a qualidade do campeonato e toda a turbulência que enfrentámos, não podemos, de forma alguma, transferir isso para esta nova temporada”, começou por dizer o técnico de 36 anos ao Açoriano Oriental, acrescentando que “a época passada foi uma coisa e esta [época] será outra. Terá novos desafios e este grupo não pode carregar esse peso e essa expectativa, porque é um grupo em plena formação ainda”.
Nesse sentido, Carronha, que avança para o sétimo ano à frente dos destinos do “K” considera a manutenção na Liga como o principal objetivo da temporada, que espera ver complementado com mais uma época positiva.
“O principal objetivo do Clube K é a manutenção na Liga. Esse é o nosso grande objetivo e, depois, tendo esse objetivo em mente, quanto mais positiva for a época, melhor”, frisou.
Para encarar os “desafios” da nova época desportiva, o “K” apresenta um “renovado” plantel, contando, para já, com as chegadas das distribuidoras Cali Thompson e Camila Costa (ex-OK Gimnazijalac), as centrais Gabrielle Ehl (ex-Vólei Louveira), Geraldyn Pallacios (ex-CV Torrelavega), Alejandra Arguello (ex-CD San Martín) e Milena Cetkovic, da oposto Jelena Novakovic (ex-OK Buducnost) e da ponta Tainá Campos Rosa (ex-Realizar Santos), sendo que, da época passada, apenas transitaram a argentina Maria Sol Onofri (líbero) e a israelita ShirelGanah (zona 4).
Apontando à “insularidade” e à “dificuldade na retenção do talento”, em termos salariais, o treinador do Clube K reforçou que, apesar do clube começar novamente “do zero”, irá trabalhar de “forma corajosa”.
“O ideal para qualquer clube é ter continuidade. Ter um núcleo forte, conseguir manter a sua base e ir acrescentando atletas conforme as necessidades”, explicou, adiantando que o Clube K está num “processo de reformulação, de começar ‘do zero’. Isto não é uma crítica ao clube. Eu percebo o contexto e compreendo as dificuldades para se manter uma base e, por isso, vamos trabalhar de forma corajosa”, sublinhou.
Com um “teste de fogo” a abrir a Liga - receção ao FCPorto -, o treinador açoriano destacou as “dificuldades” que espera encontrar num campeonato cada vez mais competitivo.
“O nível do campeonato, em geral, parece-me que está a subir. O campeonato feminino está a ganhar uma preponderância enorme emPortugal. Portanto, sim, não esperamos nada que seja mais simples. Pelo contrário, esperamos tantas ou mais dificuldades e desafios”, perspetivou Carronha.
A estreia do Clube K na nova época desportiva está agendada para este sábado (11 de outubro).
A
partir das 16h00, o “K” recebe, no pavilhão do Complexo Desportivo das
Laranjeiras, o FC Porto, em duelo que irá “inaugurar” a edição 2025/2026
da Liga feminina.