Autor: Paula Gouveia
Foi detetada uma infestação de pulgas em Rabo de Peixe que está a afetar a Escola Profissional da Ribeira Grande e ainda as escolas Luísa Constantina e a Rui Galvão de Carvalho, bem como a obrigar a ações de desinfestação nestes estabelecimentos de ensino e ruas circundantes.
Segundo o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, a autarquia já contratou uma empresa para proceder à desinfestação das vias durante o fim de semana, mas como ressalva o autarca foi apenas por precaução que esta decisão foi tomada. “Nós não temos qualquer relato nem na zona habitacional, nem na via pública” que permita concluir que a infestação se tenha alastrado nestas vias”, garantiu.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal, a autarquia foi contactada pela Escola Profissional da Ribeira Grande a informar que havia um foco de uma infestação junto ao CAO - Centro de Artes e Ofícios, um edifício que é municipal e está cedido à Escola Profissional da Ribeira Grande para aulas. E foi a própria escola que, na segunda-feira passada, procedeu à “desinfestação geral do imóvel e da zona circundante”. Segundo Alexandre Gaudêncio, o espaço esteve “encerrado alguns dias, precisamente, para se poder fazer uma desinfestação de forma mais geral”.
No entanto, na quinta-feira à tarde, o município “foi contactado pela Escola Rui Galvão de Carvalho a dizer que essa infestação já estava ao redor da Escola Luísa Constantina, atendendo a que havia alguns professores e até educandos que tinham sido afetados por esta infestação”. E “foi colocada no terreno a nossa equipa de saúde pública, que é encabeçada pelo médico veterinário que está a tempo inteiro na autarquia, e, em menos de 24 horas desbloqueámos um procedimento para intervir nessa zona”, explicou Alexandre Gaudêncio.
A EBI de Rabo de Peixe já informou que, na próxima segunda-feira, as escolas Luísa Constantina e Rui Galvão de Carvalho vão encerrar para desinfestação, retomando as atividades letivas na terça-feira.
Segundo o autarca, “nada previa que essa infestação viesse, neste caso, mais para sul, junto a uma outra escola, que neste caso é pública”, salientou.
A empresa contratada pelo município para proceder à desinfestação das ruas “vai tratar do assunto, à semelhança do que foi feito no primeiro foco que foi identificado, e que ficou resolvido”, esperando o município que a empresa possa identificar o motivo e origem da infestação.
O autarca não confirma que a origem do problema possa estar numa exploração ilegal de animais, num terreno situado nas proximidades da escola profissional, como já havia acontecido há alguns anos.
Na altura, “nós atuámos com a nossa fiscalização municipal e demos um prazo para que a pessoa que estava a explorar resolvesse o assunto - e , na altura, ficou resolvido”, explicou.