Autor: Lusa/AO Online
Os 12 incêndios por controlar ou ainda preocupantes (classificados de nível 2 numa escala que em Espanha vai de zero a quatro) situam-se todos nas regiões de Castela e Leão e Astúrias (noroeste).
Quanto à Galiza (noroeste), vive hoje pela primeira vez em várias semanas um dia sem fogos por controlar ou considerados preocupantes, disse a diretora da Proteção Civil de Espanha, Virginia Barcones, numa conferência de imprensa em Madrid.
A situação nas Astúrias "evolui muito favoravelmente" e em Castela e Leão "a evolução em termos gerais é também muito positiva", afirmou.
A expectativa da Proteção Civil espanhola é que as próximas 24 horas, como as últimas, sejam também de bons resultados no combate aos fogos, aproveitando a "janela de oportunidade meteorológica" iniciada na quarta-feira e antes da nova subida das temperaturas a partir de sexta-feira.
Barcones falou num "avanço importante" na quarta-feira, que deverá continuar hoje, "para acabar de uma vez todas" com "a terrível situação" dos incêndios em Espanha este verão, "um episódio negro na história" do país.
Os fogos mataram quatro pessoas e já queimaram 400 mil hectares em Espanha em 2025, um recorde anual no país, de acordo com os dados, ainda provisórios, do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que tem registos comparáveis desde 2006.
O Governo espanhol declarou na terça-feira zonas de catástrofe as áreas afetadas por 113 grandes incêndios no país nos últimos dois meses, 12 dos quais continuam ativos (menos um do que na quarta-feira).
Espanha ativou o mecanismo europeu de proteção civil em 11 de agosto e recebeu ajuda de nove países da UE, assim como de Andorra, ao abrigo de protocolos bilaterais.
Foi o maior dispositivo de ajuda mobilizado pela UE este ano para um país e o de maior dimensão que Espanha já recebeu, segundo o Governo.
Os meios aéreos e terrestres de países europeus que ainda estão em Espanha (da República Checa, Eslováquia, Países Baixos e Roménia) vão todos retirar-se ao longo do dia hoje, anunciou Virginia Barcones.
De acordo com dados da Proteção Civil, 35.691 pessoas estiveram desalojadas durante a onda de incêndios que atinge Espanha desde 08 de agosto e as que ainda permanecem fora de casa deverão voltar em breve às suas localidades e habitações.
Por outro lado, foram detidas até agora 53 pessoas por motivos relacionados com os fogos, com o Governo a realçar que estão em causa suspeitas de crimes diversos e não apenas pirómanos.