Autor: Lusa/AO Online
De
acordo com dados enviados pela Guarda Nacional Republicana (GNR) à
Lusa, para além dos 6.860 incêndios florestais registados até esta data,
foram ainda elaborados “1.922 autos de contraordenação, dos quais 1.486
por falta de gestão de combustível, 324 por uso indevido do fogo e 30
por condicionamento de acessos”. “Tendo em
consideração o trabalho preventivo, de vigilância e de deteção
desenvolvido ao longo deste ano, registaram-se 44 detenções em flagrante
delito pelo crime de incêndio florestal. Foram ainda identificados 606
suspeitos da prática deste crime, alguns dos quais já detidos pela
Polícia Judiciária. A GNR tem vindo a intensificar os esforços de
investigação, com o objetivo de apurar com rigor as causas de cada
ocorrência. Trata-se de um trabalho contínuo, que procura dar resposta
no mais curto espaço de tempo possível”, referiu esta força policial em
resposta à Lusa. Os dados da GNR indicam
ainda que até 25 de agosto foram realizadas “40.306 patrulhas e 5.027
ações de sensibilização, alcançando 96.408 pessoas”, tendo esta força
policial sublinhado a “responsabilidade partilhada” na proteção da
floresta e das populações e a ação preventiva de todos. A
GNR recordou ainda que tem em funcionamento permanente uma linha
telefónica para denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas, a
Linha SOS Ambiente e Território, disponível no número 808 200 520. Portugal
continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande
dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro. Os
fogos provocaram quatro mortos, incluindo um bombeiro, e vários
feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas
de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e
pecuárias e área florestal. Segundo dados
oficiais provisórios, até hoje arderam 251 mil hectares no país, mais de
57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.