Açoriano Oriental
PAN/Açores repudia “apanha do porco” realizada em festa na ilha de São Miguel

O PAN/Açores lamentou a realização da “apanha do porco” na festa religiosa de uma freguesia do concelho da Ribeira Grande, ilha de São Miguel, participou o caso às entidades competentes e apelou à intervenção da diocese

PAN/Açores repudia “apanha do porco” realizada em festa na ilha de São Miguel

Autor: Lusa/AO Online

Segundo um comunicado do partido, a iniciativa aconteceu na terça-feira, na freguesia de São Brás, no concelho de Ribeira Grande, no âmbito de festividades religiosas, onde “várias crianças e jovens foram incentivados por adultos” a participar naquela prática considerada “cruel e bárbara”, em que dois jovens suínos “foram alvo de diversos atos considerados maus-tratos a animais”.

O PAN “teve acesso a diversas imagens de vídeo que têm circulado nas redes sociais, em que é possível observar um grupo de crianças a serem incentivadas por adultos a participar na apanha de dois jovens suínos de cor preta”.

No decorrer dos vídeos “é possível verificar que os jovens animais são colocados num bidão, libertados e, enquanto tentam fugir, as crianças - incentivadas pelos adultos espetadores -, agarram os animais, empurram os animais contra o chão, seguram os animais pelas patas dianteiras enquanto estão suspensos no ar” e, por fim, atiram um animal ao chão.

A representação parlamentar do PAN/Açores manifesta o seu “veemente repúdio pela prática cruel e bárbara” conhecida como "apanha do porco", alegando que os animais “foram submetidos a atos violentos, que impressionaram, negativamente, a população”.

“No dia seguinte chegaram ao PAN/Açores denúncias relativas a esta situação, que representa uma cena grotesca e uma evidente situação de maus-tratos a animais em que várias crianças foram incentivadas por adultos espetadores a participar”, afirma o deputado do PAN/Açores, Pedro Neves, citado na nota.

O partido reitera a condenação desta prática, que considera “símbolo de retrocesso civilizacional”, recordando que, “não raras vezes, os animais são eutanasiados no fim da atividade, pois, não só não lhes são prestados os cuidados médico-veterinários necessários para tratar das lesões causadas, como também o tratamento não lhes permitiria recuperar”.

O PAN também considera de “extrema gravidade” a participação de crianças na iniciativa

O partido informou as entidades competentes para averiguação da situação e expôs a situação à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, por entender que a participação de crianças e jovens nesta atividade “pode levar à normalização de atos violentos, sobretudo se praticados contra [os] mais vulneráveis”.

O PAN/Açores deu ainda conhecimento da situação à diocese de Angra, apelando à sua intervenção, para “evitar a repetição desses episódios tristes durante festividades religiosas”.


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