Açoriano Oriental
Histórias do Rallye
A descida às Sete Cidades com um tronco no farol

A recordação de um dos mais engraçados episódios dos ralis açorianos que aconteceu com o carismático Carlos Reis, o 'Calô'

A descida às Sete Cidades com um tronco no farol

Autor: Rui Jorge Cabral

Rallye de São Miguel, finais de junho de 1985. Carlos Reis e Ricardo Jordão, em Ford Escort RS, terminam a prova rainha do automobilismo açoriano e que então contava apenas para o Campeonato Nacional de Ralis num brilhante sexto lugar, segundo entre os açorianos, logo atrás de Horácio Franco. Um resultado que foi essencial para a conquista do Campeonato de Ralis dos Açores desse ano.

Mas nesse rali, a imagem de ‘Calô’ a descer as Sete Cidades correu o país nas publicações da especialidade e ficou até mais famosa do que a imagem do vencedor desse rali, Joaquim Moutinho, no potente Renault 5 Turbo. E tudo por causa de um famoso tronco que se espetou no farol da frente do lado direito logo no ‘esse’ do início da descida e que só a coragem de ‘Calô’ fez com que o carro fosse assim mesmo até ao final do troço, sem abrandar.

Ricardo Jordão, que ia do lado de ‘Calô’ a ditar as notas conta como tudo se passou. “Nós sabíamos que podíamos meter a frente a cortar naquelas curvas, mas havia ali uma cancela feita com troncos de criptoméria, que uns miúdos deixaram aberta e quando eu dou a nota que diz ‘corta’, o tronco estava saído fora e não tivemos hipótese nenhuma... O tronco entra pelo farol da frente, foi sempre connosco e o ‘Calô’ só geriu o tronco para não bater em nada, cortando menos nas curvas e deixando o carro escorregar até chegar lá abaixo”.

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