Açoriano Oriental
Trabalhadores da SATA condenam “desrespeito público” de governantes

O porta-voz do movimento Somos Todos SATA, João Pacheco, condenou o “desrespeito público” do vice-presidente do Governo Regional e secretário das Finanças para com os trabalhadores, que querem que sejam assumidas responsabilidades na gestão da empresa


Autor: Lusa/AO Online

O movimento - que promoveu uma concentração de cerca de 150 trabalhadores junto à sede do grupo SATA, em Ponta Delgada - considerou que, além do “desrespeito público”, houve “desonestidade política ao acusarem os trabalhadores dos maus resultados do grupo SATA”.

O Somos Todos SATA foi criado recentemente e reúne os sindicatos e a Comissão de Trabalhadores daquele empresa de aviação, que representam um universo de cerca de dois mil trabalhadores.

A 12 de setembro, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) exigiu demissões no Governo dos Açores e na administração da SATA, alertando que os trabalhadores não devem ser responsabilizados por uma eventual falha da privatização da Azores Airlines.

Em comunicado, o sindicato acusou o secretário das Finanças, Duarte Freitas, de “ameaçar publicamente” os trabalhadores da SATA e o vice-presidente, Artur Lima, por anunciar o reforço de rotas para a ilha Terceira “arvorado em diretor de operações”.

O sindicato avisou ainda que “diversas rotas internacionais com ligação à Terceira são manifestamente deficitárias na maioria dos voos da sua operação”.

Numa moção que foi entregue ao conselho de administração da SATA e na Secretaria das Finanças, lida pelo porta-voz do movimento, salvaguarda-se que os governantes “não assumem eles próprios os efeitos da nefasta gestão realizada nos últimos quatro anos”, apontando a “manifesta incompetência manifestada na reestruturação do grupo SATA”.

Perante os trabalhadores concentrados, João Pacheco manifestou “descontentamento pela forma como os trabalhadores da SATA têm vindo a ser tratados”, uma vez que “tem vindo a público recentemente que os trabalhadores são os responsáveis pela situação financeira que a mesma está a atravessar, quando existem culpados”.

De acordo com o sindicalista, existe um “descontentamento generalizado” na empresa, que se “tem vindo a agravar com base nas declarações públicas que a empresa poderá deixar de existir nos próximos tempos”.

“Os trabalhadores estão unidos e não vão tolerar a forma como foram achincalhados na praça pública, e pedem que se apure quem são os culpados pela situação no grupo SATA”, afirmou João Pacheco.

Os trabalhadores repudiaram “com veemência as grosseiras ameaças” da administração do grupo SATA, exigindo que os gestores e responsáveis políticos “reponham a verdade e assumam os resultados da sua própria gestão”.

O movimento propõe-se “lutar pela recuperação de todas as empresas” e, em 10 de outubro, haverá um plenário que adotará as “formas de luta que considerem as mais ajustadas em cada momento”.

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