Autor: Nuno Martins Neves
“Quando foi para decidir o local, não havia outro sítio que não os Açores”, assinalou Gonçalo Byrne, o bastonário da OA, que ontem reuniu-se no Palácio de Santana com o presidente do Governo Regional dos Açores.
Para o bastonário dos arquitetos, os Açores são, no que à sustentabilidade diz respeito, “uma espécie de segredo bem guardado, que tem toda a problemática profunda daquilo que está em debate mundial, sobre os temas da transição climática”.
Uma decisão que o Governo Regional dos Açores recebeu de braços abertos, não só pela importância do evento em si, como referiu o presidente do executivo, mas também pela “vantagem, pois dá dinâmica económica” à região numa altura de menor movimento turístico, combatendo a sazonalidade do destino.
“Nada melhor do que começar o ano com esta magnífica notícia”, acrescentou José Manuel Bolieiro, que classificou o arquipélago como um “verdadeiro hope spot” no que refere à sustentabilidade, nomeadamente ambiental.
O Congresso terá um extenso programa, com iniciativas abertas à sociedade, como um festival de cinema, apoiado pela Cinemateca Portuguesa, com a exibição de pequenos filmes antigos, que têm vindo a ser restaurados, de temas açorianos.
Gonçalo Byrne adiantou que o congresso terá uma participação internacional “forte”, com a presença do presidente da União Internacional dos Arquitetos, o organismo mundial que congrega os arquitetos de todo o mundo e que vai ter o seu congresso em Copenhaga, de 2 a 6 de julho.
E será aos cerca de 15 a 17 mil arquitetos que vão estar na capital da Dinamarca que o bastonário da Ordem dos Arquitetos conta levar o que apelida de “Declaração dos Açores”, o documento que culminará da “atividade intensa” que irá ser desenvolvida, de forma presencial e não só, pelos arquitetos nacionais em Ponta Delgada, ao longo dos quatro dias de congresso.
“[A Declaração dos Açores] vai
ser uma oportunidade para a Ordem dos Arquitetos Portugueses transmitir
aquilo que pensamos sobre a problemática que é universal da
sustentabilidade”, afirmou Gonçalo Byrne.