Autor: Ao Lusa
Esta posição foi transmitida pelo presidente do Grupo Parlamentar do PS, Alberto Martins, após a intervenção do chefe de Estado, Cavaco Silva, no encerramento da sessão solene comemorativa dos 40 anos do 25 de Abril na Assembleia da República.
"Nestes últimos tempos, pela primeira vez, o Presidente da República fez uma exceção de crítica ao Governo, mas, pelos vistos, muitos dos deputados do PSD não perceberam devidamente. Fez uma crítica quanto ao empobrecimento dos portugueses, quanto à agressão grave à situação laboral e quanto à situação dos pensionistas e dos jovens", apontou Alberto Martins.
O líder da bancada socialista defendeu também que o Presidente da República "destruiu aquilo que tem sido a propalada reforma do Estado".
"O Presidente da República disse que é preciso fazer a reforma da administração pública. Ora, o Estado são as administrações públicas - e isso é o que está por fazer, não no sentido dos cortes e para desvalorizar as funções sociais do Estado", salientou.
Confrontado com as críticas do Presidente da República à política de "vistas curtas" e ao "taticismo", Alberto Martins interpretou-as da seguinte forma: "Quando se fala em vistas curtas é pensar-se que uma política de controlo das contas públicas só pode ficar pela austeridade".
"O PS defende uma política para reduzir o défice público, mas que, simultaneamente, se dirige ao emprego, ao crescimento e à proteção social. Vistas curtas é olhar só para o défice e não ver o crescimento, o emprego e o desenvolvimento", advogou o presidente do Grupo Parlamentar socialista.
Já sobre o facto de os deputados da esquerda parlamentar não terem aplaudido o discurso do chefe de Estado, Alberto Martins alegou que a natureza da política "é plural, com contraditório e diversidade".
Perante os jornalistas, Alberto Martins destacou ainda "o discurso claro de António José Seguro sobre a construção da liberdade, em que deixou de forma nítida quais são as condições do consenso para o país e para Portugal".
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