Açoriano Oriental
Novo terminal norte do porto de Leixões terá limite de altura de cinco contentores

O novo terminal norte do porto de Leixões terá uma altura limite de cinco contentores, mas ficará "afastado do centro histórico de Leça da Palmeira", assegurou fonte da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL)

Novo terminal norte do porto de Leixões terá limite de altura de cinco contentores

Autor: Lusa/AO Online

"A altura máxima assumida no projeto para o parque de contentores é a mesma praticada atualmente no Terminal de Contentores Norte (cinco contentores). O centro das operações de contentores após a sua ampliação será no anteporto do Porto de Leixões, ou seja, mais perto do mar e afastado do centro histório de Leça da Palmeira", refere fonte oficial da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) em resposta à Lusa.

Questionada a que distância estará o terminal da costa, fonte oficial da APDL respondeu que "o parque do Terminal irá desenvolver-se para lá do limite do edificado portuário existente (núcleo do edifício da antiga Sanidade, UPTEC MAR e Alfandega de Leixões), que será mantido, de modo a que as operações se façam para o lado do mar e afastadas do centro de Leça da Palmeira".

Em causa está a construção de um novo terminal de contentores no molhe norte do porto de Leixões, obrigando a que a marina seja relocalizada para junto do terminal de cruzeiros.

Em 20 de agosto, fonte da APDL já tinha dito à Lusa, sobre o impacto paisagístico do novo equipamento sobre Leça da Palmeira, que a sua localização "vai permitir afastar o centro da operação de contentores da malha urbana de Leça da Palmeira, transferindo-a para uma zona mais longe da cidade e mais próxima do mar".

"Desta forma, o impacto visual e sonoro sobre Leça da Palmeira será mais reduzido, salvaguardando-se a qualidade de vida das populações", assegurou.

Relativamente às atividades de náutica de recreio que atualmente se desenvolvem na marina, que será deslocada para sul (junto do terminal de cruzeiros), a APDL afirma que "valoriza" essa atividade, que "continuará a ser desenvolvida, ainda que em novas instalações".

"Nesta reformulação, a APDL pretende criar uma maior e mais adequada oferta ao recreio náutico existente, até porque a capacidade atual é insuficiente para a procura", reconhece a administração portuária liderada por João Pedro Neves.

Segundo a APDL, no imediato "vai ativar a doca existente junto ao Terminal de Cruzeiros, que dispõe de condições operacionais para o efeito, projetadas há mais de 10 anos, ainda que a capacidade seja insuficiente para suprir todos os lugares existentes na atual marina".

"A APDL está ainda a desenvolver um estudo para a oferta de mais lugares de atracação numa nova localização no Porto de Leixões", pelo que "se poderá inferir que a resposta à náutica de recreio será valorizada e aumentada", refere.

A empresa refere ainda que "há uma outra preocupação referente à vela desportiva cuja resposta está igualmente em estudo, com o necessário envolvimento dos quatro clubes existentes, sendo o compromisso da APDL no sentido de dotar a prática da vela desportiva, e as atividades associadas, de condições melhoradas face às existentes".

A APDL garante ainda que "o edificado existente em Leça, Edifício do ISN, núcleo do edifício da antiga Sanidade, UPTEC MAR e Alfandega de Leixões, manter-se-ão intactos".

A mudança insere-se também no Plano Estratégico do Porto de Leixões, que está "em fase de conclusão" e cuja apresentação pública "ocorrerá dentro de aproximadamente três meses", refere a APDL.

O Governo prevê um investimento de 931 milhões de euros (ME) no porto de Leixões nos próximos 10 anos, com construção de um novo terminal de contentores no molhe norte, segundo a estratégia nacional Portos 5+.

De acordo com a estratégia, cuja resolução de Conselho de Ministros foi publicada na semana passada, dos 931 milhões de euros de investimento previstos até 2035, 219 milhões terão origem na autoridade portuária ou em fundos comunitários, e 712 milhões em empresas privadas.


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