Autor: Luís Pedro Silva
João Lança vai ser o novo coordenador do Gabinete de Representação da Região Autónoma dos Açores em Bruxelas, sucedendo a Frederico Cardigos, que tinha sido exonerado a seu pedido, em março deste ano.
Licenciado
 em engenharia agronómica pelo Instituto Superior de Agronomia da 
Universidade Técnica de Lisboa e mestre em engenharia agronómica pelo 
Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, João 
Lança, conta com uma maior experiência no setor da agricultura, mas 
também já defendeu os interesses da Região na Representação Permanente 
de Portugal na União Europeia, como conselheiro técnico para os Assuntos
 Regionais, desde setembro de 2014. 
A função dos membros desta instituição é representar o Estado Português nas diversas instituições da União Europeia e assegurar a defesa dos seus interesses nos vários níveis e âmbito de decisão.
Os funcionários desta Representação Permanente participam ativamente nos múltiplos grupos de trabalho do Conselho da União Europeia, onde em estreita cooperação com a administração portuguesa, veiculam e defendem as posições nacionais.
A
 escolha de João Lança para o cargo de coordenador do Gabinete de 
Representação da Região Autónoma dos Açores em Bruxelas agrada à 
Federação Agrícola dos Açores. 
Jorge Rita, representante dos 
agricultores açorianos, destaca a experiência nos gabinetes em Bruxelas e
 a proximidade com o setor agrícola, mas alerta para a necessidade de 
trabalhar em sinergia com o representante da Federação Agrícola dos 
Açores, em Bruxelas.  
“Consideramos que esta é uma boa opção. É 
alguém que conhece muitas pessoas em Bruxelas. Nós temos o representante
 da Federação Agrícola dos Açores. É um técnico cuja capacidade de 
trabalho é reconhecida por todos. O grande desafio é promover uma boa 
articulação entre os representantes dos Açores com as instituições”, 
sublinha. 
Jorge Rita assinala que vão ser discutidos assuntos muito 
importantes, ao longo dos próximos anos em Bruxelas, sendo  necessário 
sensibilizar o poder político para as especificidades dos Açores. 
“Os
 apoios são destinados a todos os agricultores da Europa e existem 
muitos agricultores que recebem mais apoios do que os açorianos. A nossa
 sociedade não consegue viver sem apoios públicos. Todos os setores, de 
uma forma direta ou indireta, beneficiam com os apoios recebidos por 
Bruxelas”, indicou.