Autor: Filipe Torres
A candidata da coligação Unidos por Ponta Delgada à Câmara Municipal, Isabel Almeida Rodrigues, reuniu-se com a Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, destacando a necessidade de dar respostas imediatas aos problemas estruturais que afetam a cidade, como os “horários e percursos dos transportes públicos” e as “dificuldades no acesso e falta de estacionamento”.
Segundo a nota de imprensa, a candidata sublinhou ainda a importância de reforçar os apoios ao comércio tradicional: “é essencial haver uma majoração dos sistemas de incentivos para este setor. Ponta Delgada precisa ser revitalizada e a Câmara Municipal tem um papel fundamental nesse processo”.
Entre os temas em destaque esteve também o Mercado da Graça, que permanece encerrado há quatro anos, referindo que a atual situação é “um símbolo claro da inércia da atual gestão municipal”.
Na área da habitação, Isabel Almeida Rodrigues reiterou a necessidade de aumentar a oferta pública de habitação a preços acessíveis. “As famílias da classe média têm direito a soluções habitacionais dignas e adaptadas à realidade dos seus rendimentos”.
‘Housing first’ para combater problema dos sem-abrigo
Isabel Almeida Rodrigues reuniu-se, igualmente, com a Associação Novo Dia para refletir sobre “um dos grandes problemas que assola o concelho”: a população em situação de sem-abrigo e as dependências.
Segundo a socialista, Ponta Delgada tem atualmente mais de 150 pessoas em situação de sem-abrigo, um número que considera “alarmante” e para o qual as respostas existentes “são manifestamente insuficientes”.
A candidata defendeu a aposta numa política de ‘housing first’, que passa por criar soluções de habitação para pessoas em situação de sem-abrigo, acompanhadas de programas de reabilitação e de apoio continuado durante o tempo de estabilização necessário, defendendo que “esta será uma prioridade para o concelho”.
Sobre a resposta recentemente anunciada pela atual Câmara Municipal, Isabel Almeida Rodrigues considerou que, apesar de ser uma medida positiva, “é manifestamente insuficiente”, criticando a “localização bastante afastada do centro da cidade” e sublinhando que se trata “de apenas 10 camas”.
A candidata reiterou que “não basta tapar os olhos a um problema tão grave”, defendendo que a política municipal para a habitação social e para o combate às dependências deve ser pensada “de forma integrada, inclusiva e eficaz, colocando sempre as pessoas no centro da decisão política”.