Autor: Lusa/AO Online
"O Governo fez aprovar na Assembleia da República uma lei que diz que o titular de um rendimento não justificado tem de pagar 60 por cento desse valor ao Governo e os restantes 40 por cento ficam para si", afirmou Francisco Louçã, à margem de uma "arruada" de campanha na Rua de Santa Catarina, no Porto.
Para o líder do BE, esta medida de alegado combate ao enriquecimento ilícito, aprovada em 18 de Junho, é "totalmente errada" e constitui "uma espécie de amnistia" aos prevaricadores.
"Significa que o Governo não quis fazer o combate à corrupção", frisou.
"Somos intransigentes contra a corrupção", realçou Francisco Louçã, defendendo a adopção de medidas que efectivamente combatam a corrupção, como as que o BE apresentou no parlamento.
O coordenador do BE considerou "dificílimo mas fundamental" o combate do candidato do partido à presidência da Câmara do Porto, João Teixeira Lopes, que acompanhou Louçã na "arruada".
Teixeira Lopes afirmou que, ao contrário da candidata do PS, Elisa Ferreira, a sua candidatura não tem comissão de honra, porque "todos os cidadãos são iguais".
"Nesta candidatura, não há cidadãos de honra e não há arguidos por corrupção", salientou.
O candidato do BE acusou a coligação PSD/CDS e o PS de terem aprovado um projecto que vai destruir o lago e "dezenas de árvores" dos jardins do Palácio de Cristal.