Autor: Lusa/AO Online
“O inimigo lançou um ataque exatamente na direção do corredor humanitário”, denunciou o Ministério da Defesa na rede social Facebook, citado pela agência francesa AFP.
O ministério liderado por Oleksii Reznikov disse que o exército russo “não deixou que crianças, mulheres e idosos abandonassem a cidade”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia também denunciou no Twitter uma “violação do cessar-fogo”.
Não há informações sobre uma reação da Rússia às denúncias do Governo de Kiev.
O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, confirmou hoje que Moscovo aceitou um cessar-fogo para a abertura de corredores humanitários em Kiev, Chernigov, Sumy, Kharkov e Mariupol, segundo a agência noticiosa TASS.
De acordo com Kiev, as forças ucranianas tomaram medidas para permitir a retirada de cerca de 300.000 civis de Mariupol, uma cidade portuária no Mar de Azov, localizada na região separatista de Donetsk.
As medidas incluíram a “desminagem das estradas” para Zaporozhie, 250 quilómetros a noroeste de Mariupol, disseram as autoridades ucranianas.
O exército russo tem mantido Mariupol sitiada por se tratar de uma cidade de importância estratégica pela sua proximidade com a Crimeia e o Donbass, onde se concentram as tropas separatistas pró-russas que lutam contra Kiev desde 2014.
As tentativas de retirar civis de Mariupol falharam várias vezes nos últimos dias, com Kiev e Moscovo a culparem-se mutuamente pelos fracassos.
Ao início da manhã, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que as autoridades de Kiev tinham recebido garantias sobre a retirada de civis de Mariupol, mas que “não tinham funcionado”.