Açoriano Oriental
Chega/Açores marca debate de urgência sobre despesa pública na região

O Chega/Açores vai agendar, para o plenário regional da próxima semana, um debate de urgência para análise da despesa pública na região e do setor público empresarial, revelou o partido

Chega/Açores marca debate de urgência sobre despesa pública na região

Autor: Lusa/AO Online

Em comunicado, o grupo parlamentar do Chega anunciou que vai pedir explicações ao Governo Regional relativamente à despesa pública, “quando os últimos dados oficiais - relativos ao primeiro semestre de 2025 -, davam conta que a região registou uma despesa efetiva de quase 885,1 milhões de euros face a uma receita efetiva de apenas 657,2 milhões de euros”.

Os parlamentares querem saber “porque se registou um crescimento homólogo de 9,40% da despesa, quando a receita subiu apenas 2,53%”.

Assim, no plenário que se vai realizar na próxima semana, na cidade da Horta, na ilha do Faial, vão questionar o executivo de coligação “sobre quais os setores mais problemáticos na região e o que pretende o executivo fazer para equilibrar as contas públicas”.

“Temos de saber o que pretende fazer o Governo Regional quanto à despesa pública que tem vindo a aumentar, enquanto a receita é menor. A situação está a ficar descontrolada e precisamos de garantias de como vai ser resolvida”, referiu o deputado Francisco Lima, citado na nota de imprensa do partido.

O Chega/Açores adiantou que também pretende questionar o Governo Regional, liderado pelo social-democrata José Manuel Boliero, relativamente às empresas do setor público empresarial “que constantemente dão prejuízos e cuja privatização já foi anunciada”.

O Governo dos Açores anunciou em março que encomendou um estudo sobre a melhor forma de privatizar várias entidades públicas da região.

Estão em causa a empresa de transporte marítimo Atlânticoline, o Instituto Regional de Ordenamento Agrário (IROA), o Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA), a Portos dos Açores, a Lotaçor, a SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, a Globaleda (do grupo EDA) e o Teatro Micaelense.

"Da parte das empresas do grupo EDA já tivemos reunião com o conselho de administração para refletir a alienação da SEGMA e da Globaleda e, em breve, teremos em Conselho do Governo, condições para fazer a autorização dessas alienações", disse, em julho, o secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas.

O governante, que falava aos jornalistas à margem da leitura das conclusões do Conselho do Governo, acrescentou que seis empresas e entidades estão incluídas num estudo da consultora Deloitte, que seria apresentado "até ao final" daquele mês.

"A Deloitte ficou de apresentar o seu estudo. Depois vamos, naturalmente, analisá-lo e vamos passar à fase seguinte que é a operacionalização daquilo que for para privatizar", acrescentou.

Segundo o governante, existem quatro hipóteses para aquelas entidades que podem ser privatizadas em "parte ou no todo": a fusão, alienação, cessão ou extinção.

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados

Este site utiliza cookies: ao navegar no site está a consentir a sua utilização.
Consulte os termos e condições de utilização e a política de privacidade do site do Açoriano Oriental.