Autor: Lusa/AO online
Pinto Monteiro indicou dois factores que, no passado, dificultaram a obtenção de resultados: primeiro, a paixão clubística cega que fomenta a ideia de que só existe corrupção se for no clube rival e, em segundo lugar, encarar este ilícito como "pequena corrupção", quando "a corrupção no desporto é um crime exactamente igual à corrupção noutra área.
"Tanto faz a corrupção ser no desporto como num banco. O que tem de haver é a consciêncialização ética do povo portugues, o juízo ético de censura, de que a corrupção por ser no desporto continua a ser corrupção", disse o PGR aos jornalistas, após uma palestra na Faculdade de Direito de Lisboa sobre o tema.
Quanto às dificuldades de investigar, julgar e punir a corrupção no desporto, Pinto Monteiro referiu que, ao contrário de outros crimes, muitas vezes ninguém se queixa, porque o corruptor não quer que se saiba e o corrompido também não.
"A corrupção é um tipo de crime que para ser investigado, julgado e provado tem de haver uma consciência ética de um povo", observou.
Sem nunca se referir ao processo "Apito Dourado" ou a qualquer outro caso em concreto, durante a palestra sobre "Desporto e Corrupção", Pinto Monteiro falou dos "enormes poderes de facto" que rodeiam o desporto e das ligações deste à economia, à sociedade e à política.
O PGR fez um historial legislativo do combate à corrupção desportiva, falando também de problemas como o doping e a violência no desporto.
O processo "Apito Dourado", que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol, foi tornado público a 20 de Abril de 2004, com a detenção para interrogatório de vários dirigentes.
"Tanto faz a corrupção ser no desporto como num banco. O que tem de haver é a consciêncialização ética do povo portugues, o juízo ético de censura, de que a corrupção por ser no desporto continua a ser corrupção", disse o PGR aos jornalistas, após uma palestra na Faculdade de Direito de Lisboa sobre o tema.
Quanto às dificuldades de investigar, julgar e punir a corrupção no desporto, Pinto Monteiro referiu que, ao contrário de outros crimes, muitas vezes ninguém se queixa, porque o corruptor não quer que se saiba e o corrompido também não.
"A corrupção é um tipo de crime que para ser investigado, julgado e provado tem de haver uma consciência ética de um povo", observou.
Sem nunca se referir ao processo "Apito Dourado" ou a qualquer outro caso em concreto, durante a palestra sobre "Desporto e Corrupção", Pinto Monteiro falou dos "enormes poderes de facto" que rodeiam o desporto e das ligações deste à economia, à sociedade e à política.
O PGR fez um historial legislativo do combate à corrupção desportiva, falando também de problemas como o doping e a violência no desporto.
O processo "Apito Dourado", que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol, foi tornado público a 20 de Abril de 2004, com a detenção para interrogatório de vários dirigentes.