Autor: Ao Lusa
"O 25 de Abril fez-se pela possibilidade de escolha, que é a alternativa e não a alternância. Precisamos de projetos políticos claros, diferentes, para que as pessoas possam escolher e não de rotativismo sobre as mesmas políticas", defendeu Catarina Martins.
A deputada falava aos jornalistas no parlamento, numa reação ao discurso do Presidente da República, Cavaco Silva, que recusou hoje a política de "vistas curtas" ditadas pelos taticismos e insistiu na necessidade de "entendimentos políticos" sobre as questões essenciais e para o futuro do país.
Catarina Martins defendeu que "a alternância significa ficar tudo sempre na mesma" e que isso é que "retira a confiança das pessoas".
"Sempre que estivemos unidos, estivemos mais próximos dos ideais de abril. Não é por acaso que o espírito de compromisso e de entendimento entre as diferentes forças políticas está na base das regras do sistema democrático consagradas na nossa Constituição. Não se trata de confundir a abertura ao compromisso com uma unanimidade de pontos de vista, nem com uma neutralização da dinâmica de alternância que é própria das democracias", declarou Cavaco Silva, no seu discurso na sessão solene comemorativa do 25 de Abril.
A deputada do BE disse estar "completamente de acordo" com as palavras do Presidente da República sobre a necessidade de combater a corrupção referindo que ainda hoje "está impune" o "escândalo do BPN" que disse ter sido "levado a cabo pela elite do cavaquismo de Dias Loureiro, Duarte e Lima, Oliveira e Costa".
Por outro lado, Catarina Martins destacou o facto de o Presidente da República ter enumerado os avanços na escola pública após o 25 de Abril, frisando que "a escola do fascismo era uma escola pública da exclusão e do analfabetismo".
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