Autor: Lusa/AO Online
Francisco César referiu aos jornalistas que os documentos são sempre acompanhados por “um conjunto de anúncios”, que referem que “é sempre o maior Plano de sempre, é sempre o maior montante de investimento, mas é sempre o maior Plano de Investimento com a menor execução de sempre”.
“E isso preocupa-nos. Porque aquilo que verificamos é, para além do Governo dever praticamente tudo a toda a gente, não conseguir concretizar aquilo que está previsto no Plano de Investimentos. Mesmo no Plano de Investimentos, nós falamos com os agricultores e há menos 10 milhões de euros. Nós falamos com os pescadores e há menos financiamentos”, justificou.
E prosseguiu: “Nós falamos com [alguém de] qualquer área que não tenha a ver com fundos comunitários e não há capacidade de resolver ou de atender às circunstâncias. Isto quer dizer que é o maior Plano do ponto de vista dos números, mas, infelizmente, acaba por ser um Plano sem capacidade, sem confiança naquilo que tem a ver com a capacidade de investimento”.
“Não é possível ter economia se as pessoas não confiam naquilo que vai ser feito. Este Governo tem prometido sempre 100 e acaba por realizar 10 e a nossa preocupação é que o Plano de Investimento e o Orçamento […] tenha capacidade de ser aquilo que verdadeiramente promete. E não tem sido até agora”, disse o líder socialista aos jornalistas, em Ponta Delgada, à margem de reuniões de agenda para preparação das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026.
César salientou que o PS “tem tido uma postura muito clara sobre esta matéria”.
“Este Governo [Regional] não tem desculpas para não resolver os problemas que ele próprio criou. Não é por causa do PS. Para já porque ninguém quer eleições antecipadas, nem o PS. Os governos têm um mandato. Este mandato deve ser cumprido e nós conseguimos trabalhar para que ele seja cumprido”, afirmou.
E concluiu: “Agora, este Governo tem que assumir em plenitude as suas responsabilidades. Nós cá estaremos para fazer oposição naquilo que estiver mal feito, para ajudar a construir aquilo que for necessário para a região e para planear o futuro e construir uma alternativa verdadeira de Governo para os Açores”.
Já em relação ao Orçamento do Estado, Francisco César, que também é deputado na Assembleia da República, chamou a atenção para duas matérias “bastante importantes”, uma das quais relacionada com os transportes marítimos para os Açores, referindo que “o Orçamento do Estado pode obrigar o Governo da República a lançar obrigações de serviço público”.
A outra “tem a ver com a necessidade de criação de um cargueiro [aéreo] que ligue o continente aos Açores”, afirmou.
 
                     
             
                                                 
                                                 
                                                