Autor: Nuno Martins Neves
"É do conhecimento público que o Agrupamento já reuniu com os sindicatos e representantes dos trabalhadores da companhia, reuniões que ocorreram sem problemas e foram úteis. A última dessas reuniões ocorreu com representantes do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), no dia 20 de outubro", afirma a SATA Holding.
Sobre a "informação confidencial" que o consórcio acusou a SATA Holding de não partilhar, a empresa que gere os destinos da SATA afirma: "O Conselho de Administração da SATA Holding sabe, e também sabe o Agrupamento, e por isso estamos tranquilos, que a única reserva se limita à informação confidencial da empresa Azores Airlines e não do projeto estratégico do Agrupamento. Esta informação confidencial, pela sua natureza comercial ou de proteção de dados pessoais poderá ainda ser fornecida ao Agrupamento a seu pedido, que bem sabemos saberá respeitar aqueles interesses comerciais e pessoais, eventualmente em causa".
Afirmando que "é, e quer continuar a ser, parte da solução para o sucesso, não só da privatização em curso, bem como de todo o Grupo SATA no futuro", a SATA Holding diz que "valoriza o diálogo e os entendimentos que têm vindo a público entre sindicatos, trabalhadores e o Agrupamento". E reforça: "Para que não subsistam dúvidas, o Conselho de Administração da SATA Holding nunca se opôs, nem se opõe, a que o Agrupamento Newtour/MS Aviation apresente bem como discuta, com os trabalhadores e seus representantes, os termos relativos às condições e custos com pessoal".
De recordar que na sexta-feira o consórcio Newtour/MS Aviation acusou a SATA de colocar um "colete de forças" no processo de privatização por, afirmava, erguer "sucessivos condicionalismos ao diálogo e, consequentemente, impedido os trabalhadores de conhecerem a verdadeira situação da empresa".
"Na prática, a administração da SATA está a impedir uma conversa factual e transparente entre quem trabalha na empresa e quem a quer adquirir”, referiu, admitindo que a atitude da SATA Holding “só pode ser entendida como uma manobra", lia-se no comunicado do único concorrente admitido pelo júri do concurso.
De recordar que o consórcio tem até ao dia 10 de novembro para apresentar uma proposta formal vinculativa para a compra da maioria do capital social da Azores Airlines.
 
                     
             
                                                 
                                                 
                                                