Açoriano Oriental
Portugueses alertam para importânica da formação profissional no Europeu das Profissões

Portugal chega ao segundo dia de competição no Campeonato Europeu das Profissões na cidade dinamarquesa de Herning, tentando mostrar que a formação profissional é necessária para o desenvolvimento económico e social do país

Portugueses alertam para importânica da formação profissional no Europeu das Profissões

Autor: João Moura Lacerda/Lusa/AO Online

A representação portuguesa na 9.ª edição do EuroSkills está a cargo de 15 jovens, distribuídos por 13 áreas profissionais, que competem com outros cerca de 600, dos 17 aos 25 anos, de 33 países.

“O Governo, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e outras entidades da formação estão no caminho da valorização da formação profissional: acabar com o estigma que, algum dia lá trás, se criou, porque estas profissões têm muito futuro”, disse hoje à Lusa o coordenador em Portugal da WorldSkills, que organiza o campeonato.

Gustavo Seia explicou que as profissões que estão em competição – cabeleireiro, controlo industrial, instalações elétricas, mecatrónica industrial ou robótica – estão no “nível do campeonato mundial”.

“Quem elabora as provas são profissionais da indústria ou das profissões que aqui estão. Não forçosamente ligados à WorldSkills, portanto, veem com aquilo que, no fundo, o mercado de trabalho exige aos trabalhadores que vão exercer estas profissões. São provas bastante exigentes. Diria que é uma coisa transversal a todas as profissões”, considerou.

Na competição, que decorre entre quarta e sexta-feira, a equipa portuguesa pretende demonstrar que é preciso “trabalhar com o mercado de trabalho”, no sentido de que a remuneração seja correspondente àquilo que é exigido aos jovens.

“O objetivo número um é realmente mostrar à população que o caminho da formação profissional – do ensino vocacional – vale a pena. É uma boa saída e é muito necessário para o desenvolvimento económico e social enquanto país”, precisou.

Os 15 jovens que se encontram em competição fazem parte da comitiva portuguesa depois de terem sido os que tiveram melhores classificações no Campeonato Nacional das Profissões, em Santa Maria da Feira (Aveiro), em novembro do ano passado.

Receberam formação no Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (CENFIM), Centro de Formação Profissional para o Setor Alimentar (CFPSA), Escola Profissional do Sindicato do Escritório e Comércio da Região Autónoma dos Açores e Centro de Emprego (EPROSEC) Formação Profissional.

O técnico de controlo industrial Nelson Ribeiro, de 20 anos, que está a montar um quadro de distribuição elétrica, contou que “cada dia [que passa] é sempre mais um bocadinho cansativo”.

“Hoje sinto-me melhor. Ontem [quarta-feira] estive um bocado mais stressado, mas hoje estou a sentir-me melhor”, disse o técnico de mecatrónica de nível 4, que atualmente está a tirar o nível 5 de especialista.

À Lusa, o especialista na área do controlo industrial Adelino Santos esclareceu o trabalho de Nelson Ribeiro tem a ver a automação do funcionamento de uma máquina ao nível da indústria.

“Por exemplo, da área dos vinhos, dos sistemas de enchimento de garrafas… Qualquer tipo de empresa na área da construção de pneus, qualquer empresa que tenha uma máquina para produzir, essa máquina tem que ter uma parte elétrica”, disse.

A representar Portugal na mecatrónica estão Diogo Botelho e Simão Alves, de 19 e 18 anos, respetivamente, que consideraram que a prova de automação eletricidade “está a correr bem”.

“Estamos a dar o máximo que conseguimos. É uma experiência única”, remataram.


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