Autor: Filipe Torres
A Escola Superior de Tecnologias e Administração da Universidade dos Açores (ESTA-UAc) assinala este ano uma década de atividade, marcada pela “consolidação académica” e pela “diversificação da oferta formativa”. Paula Andrade, Vogal da Comissão Instaladora, realça ao Açoriano Oriental os marcos mais relevantes destes dez anos e as perspetivas para o futuro da instituição.
Ao longo dos últimos 10 anos, a ESTA procurou consolidar-se como no âmbito do ensino politécnico da Universidade dos Açores, expandindo a sua oferta educativa com Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) em áreas estratégicas como Tecnologias de Informação, Ciências Empresariais, Ciências Agrárias e Ciências do Mar.
A ESTA promoveu ainda duas edições da Pós-Graduação em Excelência e Sustentabilidade na Gestão de Serviços, em parceria com a SGS Academy, estando já prevista uma terceira edição. Além disso, a escola conta uma colaboração com a C-Academy do Centro Nacional de Cibersegurança, com cursos breves na área.
O maior marco foi a própria implementação da ESTA como escola politécnica da UAc. Em 10 anos, abriu cerca de 900 vagas e matriculou mais de 320 estudantes, com uma taxa média de preenchimento superior a 35%.
Entre as conquistas, Paula Andrade destaca: a criação de CTeSP em áreas emergentes, como Desenvolvimento de Aplicações Web e Assessoria e Gestão Administrativa; a introdução de formações ligadas ao setor primário, como Hortifruticultura, Agropecuária e Agroindústrias; a realização de pós-graduações em parceria com a SGS Academy; o reforço da cooperação com o Centro Nacional de Cibersegurança; o fortalecimento de ligações ao tecido empresarial e a aposta na inovação pedagógica.
No presente ano letivo, a ESTA alargou a sua oferta com dois novos CTeSP: Assessoria e Gestão Administrativa (em Angra do Heroísmo) e Agroindústrias (em Ponta Delgada). Estão em funcionamento cinco cursos, a que se somam formações pós-graduadas e cursos breves em cibersegurança.
Este ano, metade das vagas da ESTA foram reservadas a estudantes europeus, nacionais e regionais, numa estratégia motivada pela crescente procura internacional, em particular dos PALOP. A taxa de preenchimento tem vindo a aumentar, com destaque para os cursos de Desenvolvimento de Aplicações Web e de Assessoria e Gestão Administrativa, que registaram resultados muito positivos. A terceira será dedicada exclusivamente a estudantes nacionais e europeus, abrangendo as áreas de Assessoria e Gestão Administrativa, Agroindústrias e Recursos de Atividades Marítimas.
No total, este ano letivo, a ESTA conta com mais de 100 estudantes colocados, com 68% das inscrições já confirmadas.
A procura tem registado crescimento, sobretudo nas áreas tecnológicas e administrativas. No entanto, os cursos ligados ao setor primário, apesar da elevada necessidade de mão de obra qualificada, como é o caso das Agroindústrias, enfrentam maiores dificuldades na captação de estudantes.
Segundo Paula Andrade, os diplomados da ESTA têm tido elevada taxa de empregabilidade, em especial nas áreas tecnológica e empresarial. Muitos estudantes encontram trabalho ainda durante os estágios curriculares, através das parcerias com empresas, cooperativas agrícolas, associações empresariais e entidades públicas.
Por fim,
Paula Andrade afirma que as prioridades para os próximos anos estão na
consolidação da escola como espaço de proximidade, inovação e
excelência, alinhada com as grandes prioridades europeias:
digitalização, sustentabilidade e competências verdes.