Açoriano Oriental
ONU saúda anúncio de retirada da Turquia de combatentes curdos do PKK

As Nações Unidas aplaudiram o anúncio do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) de retirar as forças da Turquia no âmbito do processo de paz iniciado com as autoridades turcas

ONU saúda anúncio de retirada da Turquia de combatentes curdos do PKK

Autor: Lusa/AO Online

“A decisão, se for aplicada, representará outro passo importante para a resolução pacífica deste conflito de longa data”, disse Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Dujarric pediu a todas as partes para “continuarem a agir de boa-fé” no processo de paz iniciado depois de o grupo armado curdo ter anunciado a dissolução em maio.

António Guterres “continua a acompanhar muito de perto o progresso da decisão do PKK de se dissolver e desarmar”, acrescentou o porta-voz do chefe da ONU, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

O PKK anunciou a dissolução após um apelo nesse sentido feito pelo líder do grupo, Abdullah Ocalan, que cumpre uma pena de pena de prisão perpétua na Turquia.

O grupo declarou no domingo que estava a retirar os combatentes que tinha na Turquia para o norte do Iraque, em mais uma etapa do processo de paz.

O processo inclui o estabelecimento de uma comissão parlamentar para formular as bases jurídicas da paz entre o Estado turco e o PKK.

As duas partes já tinham iniciado um processo de conversações de paz em 2013, que colapsou dois anos depois.

O insucesso dessas conversações resultou num surto de confrontos nas zonas de maioria curda no sudeste e leste da Turquia.

O PKK, fundado em 1978, defendia a criação de um Estado curdo independente, mas atualmente reivindica uma maior autonomia nas zonas de maioria curda.

Essas zonas integram o que se considera o Curdistão histórico, que se estende também a partes da Síria, Iraque e Irão.

O PKK defendeu no domingo que a libertação de Ocalan, preso desde 1999, é crucial para o sucesso do processo de paz com a Turquia.

Segundo o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o conflito entre o PKK e as forças de segurança turcas fez cerca de 50.000 mortos, incluindo 2.000 soldados, desde 1984.


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