Açoriano Oriental
Caminho de acesso a Fajã dos Cubres continua interdito à circulação

A terra que devido à chuva continua a desprender-se de uma encosta na ilha de São Jorge mantém encerrado o caminho de acesso à Fajã dos Cubres e os habitantes só circulam em determinados momentos e de moto-quatro

Caminho de acesso a Fajã dos Cubres continua interdito à circulação

Autor: Lusa/AO Online

A derrocada ocorreu no dia 09 de outubro e desde essa altura que o caminho se mantém encerrado à circulação rodoviária, porque os deslizamentos continuam a ocorrer de cada vez que chove com maior intensidade, segundo o presidente da Câmara Municipal da Calheta, Décio Pereira.

O autarca referiu à agência Lusa que o município aguarda pelo relatório final do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC), que definirá as medidas a tomar.

Por agora, o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil continua ativo e a autarquia permite que, em determinados momentos, sempre de acordo com o estado do tempo, a circulação dos habitantes das Fajãs servidas por esta via se faça de moto-quatro.

“Tivemos um relatório preliminar, apenas, do LREC e estamos a aguardar o relatório final. É uma situação que temos acompanhado diariamente, porque tem de ser. Há bastante depósito na encosta que vai acabar por cair, e quando há condições meteorológicas, em particular chuva, vai caindo aos poucos”, contou o presidente da Câmara da Calheta.

Segundo Décio Pereira, a intervenção a realizar no local, a ser feita, “vai requerer envolvimento da parte do Governo Regional” dos Açores, alegando que “não pode ser só a Câmara” a envolver-se no processo.

“Vamos aguardar que os dias de chuva, se forem mais abundantes, possam trazer um pouco ou a totalidade desse material [existente na encosta e que é arrastado pela água], mas é uma situação delicada que temos em mãos”, admitiu.

Segundo o autarca, os habitantes encaram a situação com “alguma naturalidade”, admitindo que, à semelhança de outras situações já verificadas, “a própria Natureza se poderá encarregar de fazer o trabalho total, ou seja, trazer tudo cá para baixo”.

“A questão, no fundo, neste momento, prende-se, sobretudo, com uma coisa, no meu entendimento, [que] é a salvaguarda da vida humana e a integridade”, disse.

Décio Pereira referiu que os moradores nas Fajãs dos Cubres, Belo e Caldeira de Santo Cristo, que são servidas pelo caminho que permanece intransitável, “têm a perfeita noção do que é que está a acontecer”.

“O acesso de que estamos a falar é o acesso ao coração do Parque Natural de Ilha e ao local mais visitado da ilha de São Jorge. […] Daí que toda a envolvência da Secretaria [Regional] do Ambiente e do Governo Regional no seu todo será necessária, se a situação nos próximos tempos não se desenvolver de forma positiva”, salientou.

No entanto, por estar em fim de mandato autárquico, Décio Pereira indicou que o assunto já ficará a cargo do próximo presidente da Câmara da Calheta, António Viegas, a quem vai “ceder toda a informação” para que “possa agilizar” os procedimentos necessários.

Ainda de acordo com o responsável, o Plano Municipal de Emergência e de Proteção Civil mantém-se ativado e “deve continuar, porque é um mecanismo que possibilita agilizar processos, que possibilita requerer equipamentos e é necessário numa situação dessas”.

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