Autor: Daniela Arruda
O Movimento pela Arte e Cultura nos Açores (MOVA) manifestou ontem a sua preocupação perante a nova mudança na Direção Regional da Cultura (DRC), a quarta substituição na liderança do organismo nos últimos quatro anos.
De acordo com uma nota de imprensa, a associação considera fundamental que a escolha da nova liderança recaia sobre alguém devidamente capacitado, com profundo conhecimento do setor cultural e do contexto açoriano, evitando nomeações baseadas apenas em critérios políticos.
Estas sucessivas alterações traduzem, segundo realça o MOVA em comunicado, uma preocupante instabilidade institucional, que tem comprometido e compromete a continuidade das políticas culturais, afetando também o funcionamento regular da DRC, organismo central na execução da política cultural regional e no relacionamento com artistas, agentes e entidades do setor, sintetiza o movimento.
Para o MOVA, é urgente garantir a estabilidade, a competência e a eficácia da DRC, assegurando o normal funcionamento da instituição e evitando a paralisação de processos administrativos, nomeadamente a análise e decisão das candidaturas recentemente submetidas.
Os agentes culturais defendem ainda que a estabilidade e a continuidade na liderança da DRC são condições indispensáveis para a implementação de políticas culturais consistentes e duradouras. Além disso, sublinham a necessidade de repensar e reestruturar o modelo de funcionamento interno da DRC, dotando-a de recursos humanos e técnicos adequados ao seu papel estratégico.
O MOVA reafirma, por fim, a total disponibilidade para colaborar com o Governo Regional e contribuir para uma política cultural sólida, participativa e sustentável nos Açores, capaz de responder às necessidades reais do setor e das comunidades, termina a nota.