Açoriano Oriental
Investimento
Capital de risco português cresce 134% em 2008
 A actividade de capital de risco em Portugal cresceu 134 por cento no último ano, registando um volume total investido de 396 milhões de euros, contrariando a tendência europeia de abrandamento do sector que caiu 20 por cento.
Capital de risco português cresce 134% em 2008

Autor: Lusa/AO Online

Segundo dados divulgados esta quarta-feira pela APCRI - Associação Portuguesa de Capital de Risco e de Desenvolvimento - 72 por cento do investimento foi efectuado através de operações de 'buyout', o que equivale a um aumento líquido de 189 milhões de euros e a um crescimento de 204 por cento face a 2007.

Por seu turno, as operações 'start up' e 'expansão' apresentaram crescimentos anuais de 104 por cento e 34 por cento, respectivamente, tendo sido responsáveis por 24 por cento da actividade de capital de risco realizada em Portugal em 2008.

Durante este período, o sector da Energia e Ambiente foi o mais procurado pelo capital de risco, tendo sido concretizadas 27 operações, ou 52 por cento do total do valor investido, num total de 204 milhões de euros, contra 16 milhões de euros em 2007.

Em segunda posição, surgem os sectores dos Serviços e Produtos Financeiros e Industriais, com 20 por cento do valor total investido.

De acordo com Afonso Oliveira Barros, Presidente da APCRI, "em Portugal, no ano transacto, o capital de risco não sentiu o efeito da crise, tendo sido uma das poucas actividades a conseguir injectar liquidez no mercado".

"Os bons resultados são também devidos a um investimento atípico realizado no mercado nacional, tendo superado os valores mais elevados de investimentos efectuados a nível europeu, como por exemplo a compra da grande maioria dos activos da Enersis", acrescentou o responsável.

Apesar da actual instabilidade, Afonso Oliveira Barros salientou que "Portugal tem 600 milhões de euros disponíveis para investir durante 2009 e esta pode ser uma excelente oportunidade para a concretização de bons negócios. Não prevemos um reforço dos fundos para este ano, no entanto estamos expectantes quanto à concretização de negócios de média e grande dimensão em Portugal, devido essencialmente a dois factores: provável descida do valor das operações e aumento do capital disponível para investir".

Relativamente ao desinvestimento, em 2008 verificou-se um aumento de 57 por cento. Enquanto em 2007 as sociedades de capital de risco desinvestiram um total de 86 milhões de euros, em 2008 esse valor foi de 135 milhões de euros.

O tipo de saída mais utilizada foi o 'trade sales', responsável por 71 por cento do capital liberto, ou seja, 96 milhões de euros, seguindo-se as compras por parte da gestão, com um total de capital liberto de 13,9 milhões de euros, ou 10 por cento.

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