Autor: Lusa
“Na calendarização dos equipamentos, no âmbito do HDES [Hospital Divino Espírito Santo], são cerca de dois milhões para esse fim. Em relação ao projeto, neste momento não sabemos a magnitude ou a dimensão do projeto que irá ser feito”, revelou Mónica Seidi.
A secretária regional falava na comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Regional a propósito das propostas de Plano e Orçamento dos Açores para 2026, que vão ser discutidas e votadas este mês.
Na proposta de Plano de Investimentos para o próximo ano, o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) aloca oito milhões de euros para a “recuperação e requalificação do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES)”, que sofreu um incêndio em 04 de maio de 2024.
Mónica Seidi detalhou que o montante engloba dois milhões de euros para a aquisição de equipamentos, mas rejeitou apontar o restante valor como o custo do projeto de execução para a requalificação do maior hospital da região.
“Não sei dizer com toda a certeza quanto é que vai custar o projeto de execução do HDES. Não sei. Não vou atirar um número porque neste momento não tenho informação que consiga prever essa despesa”, insistiu.
A secretária da Saúde e Segurança Social garantiu que a comissão de análise está a “trabalhar a todo o gás” para entregar o relatório sobre o programa funcional até ao final do ano, justificando que “as coisas não vêm todas feitas à primeira vez”.
“Nesta fase é demasiado prematuro estar a falar em cronograma ou calendarização, porque corro o risco de acontecer o que já aconteceu – e eu não queria –, que é falhar o prazo”, afirmou, a propósito da requalificação do HDES.
Mónica Seidi admitiu existir um “agravamento dos tempos médios de espera”, mas alertou que não se podem esquecer os impactos do incêndio no Hospital de Ponta Delgada.
“Houve um fator disruptor no Serviço Regional de Saúde. Tivemos um incêndio. Tínhamos uma capacidade instalada de blocos operatórios, capacidade essa que foi fortemente reduzida com o que [se] passou em maio de 2024”, vincou.
O Governo Regional criou uma comissão, presidida por Luís Maurício, para analisar os dois planos funcionais elaborados por empresas diferentes e as propostas dos diretores de serviço para o futuro daquela unidade de saúde.
No dia 04 de maio de 2024, o maior hospital dos Açores foi afetado por um incêndio, que obrigou à transferência de todos os doentes para outras unidades de saúde da região, da Madeira e do continente.
Os serviços do hospital reabriram de forma faseada e foi instalado um hospital modular junto ao edifício do HDES, que será alvo de obras de recuperação e modernização.
O Plano e Orçamento para 2026 têm como prioridade a execução dos fundos comunitários, segundo o Governo Regional que, além do apoio da coligação que integra o executivo, precisa dos votos do PS ou do Chega para viabilizar os documentos.
O parlamento dos Açores é composto por 57 deputados, 23 dos quais da bancada do PSD, outros 23 do PS, cinco do Chega, dois do CDS-PP, um do IL, um do PAN, um do BE e um do PPM.