Autor: Lusa/AO Online
José Manuel Bolieiro referiu que os Açores "têm tido autarcas muitos sensíveis a esta exigência e cultura de proteção civil" e que "assumem uma corresponsabilização na garantia da sustentabilidade financeira e funcionamento das suas respetivas associações [de bombeiros]".
Bolieiro, que recebeu, no Palácio de Sant'Ana, em Ponta Delgada, o secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, considerou que é necessário no quadro normativo de uniformização da proteção civil no país, "criar equidade e um vínculo objetivo dessas corresponsabilidades".
O líder do executivo açoriano lamentou ainda que, no quadro de financiamento das associações humanitárias de bombeiros, "sejam poucos os cidadãos associados da sua respetiva associação", salvaguardando que "todos são beneficiários da atuação de mulheres e homens bombeiros".
Além de "uma corresponsabilização de cidadania", o chefe do executivo açoriano preconizou a necessidade de uma "justa compensação" dos bombeiros e "cumplicidade para com as entidades" através do Estado, regiões autónomas e autarquias, "em primeiro lugar porque são a autoridade máxima de proteção civil no respetivo município".
O presidente do Governo dos Açores destacou ainda a necessidade de "haver estabilidade e previsibilidade no financiamento das associações humanitárias dos bombeiros voluntários enquanto entidades empregadoras".
O secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, declarou, por seu turno, que está em preparação uma nova lei orgânica para a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, visando "valorizar os bombeiros" e o estatuto de carreira, pretendendo-se integrar os Açores neste processo nacional.
Rui Rocha referiu que se pretende que os apoios à proteção civil "sejam uniformes" e que "todo o país tenha esse tipo de apoios igual para todos os bombeiros e bombeiras", sem estarem "condicionados por estarem num território ou noutro".
O secretário de Estado considerou também que importa "dar uma resposta do ponto de vista da profissionalização da primeira intervenção", uma vez que "o voluntariado é algo que não se pode desperdiçar".