Autor: Lusa/AO Online
Segundo uma nota de imprensa da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, tudo indica que a situação que causou o galgamento das águas da Ribeira de Santiago “tenha tido origem numa intervenção de corte de madeira, localizada a montante, devidamente licenciada, mas onde, possivelmente, não terão sido cumpridas as necessárias boas práticas, nomeadamente no que se refere à não deposição de madeira e sobrantes vegetais junto às linhas de água”.
A situação referida “levou ao arrastamento desses materiais, colmatando duas passagens hidráulicas, resultando no galgamento das águas e na inundação de toda aquela zona, causando danos muito significativos”.
O secretário regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, que na terça-feira visitou as áreas afetadas, referiu que a situação “já foi reportada ao departamento do Governo Regional responsável pelo licenciamento e fiscalização das intervenções de corte de madeira, designadamente a Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação, através da Direção Regional dos Recursos Florestais e Ordenamento Territorial, para que seja dado início a um processo de averiguação e, verificando-se incumprimentos, para que se proceda à instrução do respetivo processo de contraordenação”.
Alonso Miguel visitou, também, a freguesia a Ribeirinha (Ribeira Grande), que foram atingidas pela intempérie, para “avaliar a extensão dos danos provocados e encontrar soluções para acudir às famílias afetadas pelos danos verificados”.
Relativamente à situação verificada no concelho da Ribeira Grande, o governante adiantou tratar-se de uma reincidência e que a solução definitiva "será implementada a breve trecho, na sequência de um contrato ARAAL (contrato de desenvolvimento entre a administração regional e a administração local), celebrado entre o Governo Regional e a Câmara Municipal da Ribeira Grande, que permitirá assegurar a requalificação e a melhoria das condições de escoamento do afluente à Ribeira das Gramas".