Autor: LUSA/AOnline
“Temos muita gente disponível, com muito tempo disponível, que muitas vezes nem sabe como é que há-de começar a sua tarefa de voluntário”, alegou a líder regional do PSD, ao justificar a importância da iniciativa que se propõe desenvolver.
Falando em Ponta Delgada na entrega do “Prémio Mais Voluntário”, promovido pela eurodeputada social-democrata Maria do Céu Patrão Neves, Berta Cabral alertou para a necessidade de um “programa que ponha à disposição das pessoas a capacidade de darem o seu tempo, o seu espaço, a sua vontade e o seu trabalho” para que se “construa uma sociedade melhor”.
Para a líder do PSD/Açores é preciso inverter a “cultura egoísta” que se instalou na sociedade, sendo “nas alturas de crise que se faz a mudança”.
Berta Cabral defendeu igualmente a necessidade de valorização da atividade dos políticos, sublinhando a “enorme nobreza” do serviço público.
Num valor global de 5.000 euros, p “Premio Mais Voluntário” distinguiu três instituições açorianas: Liga dos Amigos do Hospital de Santo Espírito, de Angra do Heroísmo (1.º), Associação de Desenvolvimento e Solidariedade Mariense (2.º) e Santa Casa da Misericórdia de Angra (3.º).
Segundo a deputada Patrão Neves, com a entrega do prémio “culminou uma série de iniciativas” alargadas a várias ilhas do arquipélago, que desenvolveu para “chamar a atenção para o grande valor que tem o serviço de voluntariado” que deve ser encarado “como um dever”.
Nos Açores há ainda “um movimento [de voluntariado] algo débil”, havendo “muitas pessoas que têm tempo, muita riqueza dentro de si e que poderiam dar um pouco aos outros”, considerou.
A eurodeputada reconheceu que “nem todas as instituições estão muito abertas a acolher voluntários”, admitindo que o trabalho de voluntário “exige hoje alguma formação, que mais não seja a nível elementar” e que é exigida para “realidades de muita sensibilidade que requerem uma preparação prévia”.